Turistas terão que pagar para acessar Fontana di Trevi, anuncia o prefeito de Roma
O monumento continuará podendo ser visto de longe gratuitamente
A partir de fevereiro, os turistas terão que pagar dois euros (12,91 reais) para ter acesso à Fontana di Trevi, em Roma, o que deverá gerar 6,5 milhões de euros (cerca de 41,9 milhões de reais) por ano à cidade, anunciou nesta sexta-feira (19), o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.
O monumento, localizado em uma praça pública, continuará podendo ser visto de longe gratuitamente, mas o acesso mais próximo será apenas para quem possuir bilhete de entrada, explicou Gualtieri em uma coletiva de imprensa.
Apenas os residentes da capital italiana continuarão usufruindo da gratuidade.
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"A partir de 1º de fevereiro, introduziremos um ingresso pago para seis locais" da capital italiana, entre eles a Fontana di Trevi, declarou. A entrada dos outros cinco locais custará cinco euros (32,29 reais).
Esta obra-prima barroca, construída na fachada de um palácio, é um dos lugares mais populares de Roma, imortalizada por "La dolce vita", filme de Federico Fellini no qual Anita Ekberg convida Marcello Mastroianni a se juntar a ela no espelho d'água da fonte.
Este monumento lidera a lista de muitos visitantes que exploram a Cidade Eterna, onde pedir um desejo e jogar uma moeda na água é uma tradição tão enraizada que as autoridades recolhem milhares de euros todas as semanas, que depois são entregues à organização Cáritas.
Entre 1º de janeiro de 8 de dezembro, cerca de nove milhões de turistas visitaram a área bem em frente à fonte, uma média de 30 mil pessoas por dia, indicou Gualtieri.
A prefeitura já havia anunciado sua intenção de regular o acesso à fonte devido ao fluxo excessivo nesta área, que possui muitos ladrões, e calcula que a cobrança de entrada para acesso à Fontana di Trevi poderia render 6,5 milhões de euros por ano, disse.
Não é a primeira vez que as autoridades italianas introduzem tarifas para os monumentos. O Panteão, uma igreja instalada em um antigo templo romano, começou a cobrar os visitantes em 2023, e Veneza introduziu, no ano passado, uma taxa de entrada turística nos períodos de maior fluxo.

