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Vá de body para a folia!

Com modelagem cavadona, tipo asa-delta, deixando a lateral do corpo - parte dos seios e quadril de fora, os maiôs continuam tendência neste Carnaval

Vá de body para a foliaVá de body para a folia - Foto: divulgação

Agora estão preferindo chamar de body aquela peça que a gente conhecia como maiô. Mas não existe muita diferença entre uma e outra, a não ser que a primeira costuma ter abotoamento inferior e tecidos mais variados para circular fora da faixa litorânea. Ao contrário da vestimenta de beachwear, que costuma ser obrigatoriamente de lycra, para secar direitinho depois daquele banho de mar gostoso - ou de mangueira, bica, suor, balde. Porque o calor, a gente sabe, está a cara do deserto do Saara. 


No Carnaval, então, que os corpos se juntam no mesmo espaço para acompanhar o bloco, aí é que a coisa esquenta, e um traje mínimo é tão desejado quanto água em lugar árido. No fim das contas, ficou tudo body mesmo. O povo da moda achou mais bonito chamar assim estrangeirado. Se bem que maiô vem do francês maillot. Então chamemos do que quisermos.

Este ano, a novidade é o body com modelagem cavadona, tipo asa-delta, que deixa a lateral do corpinho quase toda de fora - tanto os seios quanto o quadril. O mood é bem anos 1980, e deve continuar desfilando por aí até o resto do verão, dentro e fora da praia. As responsáveis por essa modinha são as famosas Kim Kardashian e Kendal Jenner, que aderiram à ousadia. As passarelas internacionais também deram aquela força para difundir o estilo entre as fashionistas e instagirls - sim, o termo it girl já virou oldschool!

Vinda dos anos 1990, a cintura baixa das calças se aliou ao body lá nas alturas dos 1980's. Imaginou o look? Houve um tempo que essa estética tinha fama de vulgar, lembra? Pois grifes como Tom Ford pedem que você reveja seus conceitos. Tudo bem que a pegada é esportiva, com calça folgadona, no estilo hip-hop, mas para ambientes mega descontraídos. Quem preferir mais discrição, a dica é sapecar uma peça com cintura de estatura bem elevada para esconder a cava. Pode ser com uma pantalona, ou mesmo com um shorts de alfaiataria.

Durante a festa de Momo, porém, vale shortinho, minissaia, meia-calça arrastão, legging ou, melhor ainda, o maiô sozinho-da-silva. Ai do homem que se meter a besta com as mulheres que estiverem usando essa ou qualquer outro tipo de roupa. Não faltam campanhas pelo direito de vestirmos o que quisermos e de não sermos importunadas por isso de jeito nenhum.

Quem não curte o modelito asa-delta, há os mais comportados, tipo shortinho na lateral, inspirados nos anos 1960, quando não era permitido mostrar nadinha. Para um ou outro, ainda não saíram do prazo de validade alguns dos mesmo figurinos das troças de 2017.

Isso quer dizer que quem guardou seus bodies com estampa de unicórnio ou de sereia pode tirar o mofo. A inovação veio com as estampas de escamas holográficas, seguindo essa linha dos seres marítimos. As padronagens tropicais também continuam estampando os corpinhos foliões, assim como os desenhos de super-heróis, as frases de efeito, as listras e, claro, as cores do seu bloco do coração.

Essa foi a aposta da marca recifense Vitalina, da dupla Carol Breyner e Rodrigo Cavalcanti. Especializada em sapatos e acessórios made in Sertão, a grife resolveu criar bodies para o Carnaval com a proposta de fazer com que o cliente saia prontinho da loja direto para a folia. "Nós nos inspiramos nas cores dos blocos Amantes de Glória e Eu Acho É Pouco, além das listras e dos tons metalizados", conta Carol, uma das criadoras da grife. Versáteis, as peças são de lycra justamente para serem usadas em diversas situações, e custam entre R$ 69,90 e R$ 79,90.

Outra grife local, a Auroras Moda Pele, encubada no Marco Pernambucano da Moda, também investiu na lycra made in Santa Cruz do Capibaribe em nome do conforto. "O que mais tenho visto nessas prévias são meninas com body e short. É uma vestimenta que compõe fácil, valoriza o corpo, deixa as mulheres sensuais pois tem muitos decotes, levanta os seios e o bumbum", defendem as criadoras Andreia Peixoto, Camila Lopes e Giulia Galindo. As peças custam em média R$ 100.

SERVIÇO

Vitalina Recife - Rua Olímpio Taváres, 57, Casa Amarela, Recife; Telefone: 99540-1516
Auroras Moda Pele - Marco Pernambucano da Moda - R. da Moeda, 46, Recife; Telefone: 99941-2241

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