Veja o que o Papa Francisco disse ao ser perguntado sobre como gostaria que fosse seu sucessor
Jesuíta argentino aconselhou futuro Pontífice a rezar, mas disse que escolha derivaria da influência do Espírito Santo
Em meio à incerteza durante a espera do anúncio do conclave sobre o novo líder da Igreja Católica, milhões de fiéis se lembram da frase que o Papa Francisco desejava dizer ao seu sucessor. Em uma entrevista concedida ao sacerdote jesuíta Pedro Chia, diretor do escritório de comunicação da Companhia de Jesus na China, Jorge Mario Bergoglio decidiu abrir o coração.
— Que reze, porque o Senhor fala na oração —disse Francisco, como que em uma advertência, direto da biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano.
Apesar do aconselhamento aos futuros Papas, Francisco se negou a dizer o que esperava de seu sucessor. Durante o voo de volta a Roma após uma visita ao Canadá, em 30 de julho de 2022, ele concedeu uma entrevista à jornalista espanhola Eva Fernández, que perguntou como ele queria que o próximo Pontífice fosse.
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— Isso é trabalho do Espírito Santo — disse Francisco no decorrer da entrevista. — Nunca me atreveria a pensar nisso [pois] o Espírito Santo faz isso melhor do que eu e melhor do que todos nós.
Francisco mencionou que é o Espírito Santo é quem inspira "as decisões do Papa, sempre inspira, porque está vivo na Igreja" e que não se pode "conceber a Igreja sem o Espírito Santo". Posteriormente, ainda comentou que o Espírito Santo é quem se encarrega de "pensar nas diferenças, é quem faz o barulho, é quem pensa na manhã de Pentecostes, e depois traz a harmonia".
Lidar com as críticas
Entre as 16 perguntas que Pedro Chia preparou para a entrevista com Francisco, ele incluiu um questionamento sobre como era lidar com o estresse de ser Pontífice. A resposta do Papa, então com 87 anos, veio com serenidade.
— As críticas sempre ajudam. Mesmo que não sejam construtivas, sempre ajudam — disse ele. — Fazem a gente refletir sobre a própria forma de agir.
Francisco também declarou durante a entrevista que levar "uma vida ordenada" o ajudou a realizar suas tarefas, assim como ter tido "uma boa relação com os chefes dos dicastérios". Contudo, o líder religioso destacou a importância de "saber delegar".
— Se alguém quiser fazer tudo sozinho, a coisa não funciona — afirmou.

