Venezuela diz que nenhum dos imigrantes presos em El Salvador pertenceu a grupo criminoso
Imigrantes foram libertados em 18 de julho como parte de uma troca com os Estados Unidos
A Venezuela informou, nesta segunda-feira (4), que nenhum de seus 252 cidadãos que passaram quatro meses detidos em El Salvador pertenciam à gangue Tren de Aragua, como argumentaram os Estados Unidos ao enviá-los para a megaprisão para membros de gangues no país.
Os imigrantes foram libertados em 18 de julho como parte de uma troca com os Estados Unidos, que incluiu a libertação de 10 cidadãos e residentes americanos detidos na Venezuela.
"Nos disseram que todos eram do Tren de Aragua. Mentira, uma grande mentira", disse o ministro do Interior, Diosdado Cabello.
"Disseram que os que foram enviados a El Salvador... 'todos esses são poderosos criminosos'", continuou. "Dos 252, há 20 que têm antecedentes, apenas sete deles com crimes graves. Zero ligados ao Tren de Aragua."
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Esta organização criminosa surgiu em 2014 na Venezuela e estendeu seus tentáculos para vários países da América Latina e Estados Unidos.
Começou com sequestros, roubos, tráfico de drogas, prostituição e extorsão, e mais tarde ampliou sua atuação para a exploração ilegal de ouro e o tráfico de pessoas.
O presidente americano, Donald Trump, declarou-a organização terrorista, e amparado em uma lei do século XVIII, enviou ao Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador, 252 imigrantes venezuelanos acusados de terem vínculos com essa gangue.
O governo venezuelano afirmou que desmantelou a operação do Tren de Aragua, embora seu principal líder Héctor "Niño" Guerrero continue foragido da justiça.
"Nós temos o mapa do Tren de Aragua porque prejudicaram a Venezuela e estamos caçando-os onde estiverem, e vamos encontrá-los onde estiverem", garantiu Cabello em uma coletiva de imprensa do partido no poder, o PSUV.

