[Vídeo] Tempo é o ‘x’ da questão na matemática
Estudantes e docentes elencam principais armas para enfrentar uma das provas mais temerosas do Enem e que exige dedicação
Com a mudança da configuração das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o lema este ano na matemática e suas tecnologias (que divide o segundo dia do concurso, 12 de novembro, com ciências da natureza e suas tecnologias) é: objetividade. Professores e alunos são unânimes na estratégia, que gira em torno da obtenção de experiência com a resolução do máximo de questões possíveis na fase de preparação; da atenção para os temas mais recorrentes; da administração do tempo da prova; e da atenção na interpretação dos enunciados das perguntas.
Para Jairo Teixeira, professor do Colégio Marista São Luís, o fato de matemática estar em um dia diferente da redação este ano deve facilitar a vida dos concorrentes. “Todos optavam por fazer logo redação, depois iam fazer matemática e não sobrava tempo. Eles pecam muito na administração do tempo. O melhor combate para o pouco tempo é a estratégia de como vai fazer a prova”, alerta. Ele sugere que os alunos dediquem cinco a dez minutos identificando as questões quanto à dificuldade resolvendo-as a partir daquelas consideradas mais fáceis. Um bom exercício, segundo Teixeira, é testar a administração do tempo resolvendo provas de anos anteriores. “Não tem melhor preparação do que essa. Se você pega os últimos cinco anos de Enem são 225 questões. É inaceitável um aluno hoje ir para o exame sem ter feito isso”, adverte.
Entre os assuntos abordados nas primeiras oito edições do Enem, o professor Xerxes Pessoa de Luna lista os mais recorrentes: geometria plana, com ênfase em área, semelhança de triângulo e circunferência; geometria do espaço (área e volume, prisma, cilindro e cone); aritmética (escala, razão, proporção, porcentagem e juros); m.d.c, m.m.c. e fatoração; função do 1º e 2º graus e logaritmo; exame e análise da parte gráfica e tabelas; estatística moda, média e mediana e desvio padrão; probabilidade; e trigonometria no triângulo retângulo. “O aluno tem que saber analisar e interpretar gráficos e tabelas e os textos que constituem os enunciados. Isso tem sido uma grande dificuldade. Às vezes, sabe resolver a questão, mas não sabe interpretar os dados”, conta.
A estudante Maria Eduarda Souza Oliveira de Senna, 18 anos, está determinada a cursar engenharia da computação e, para isso, desde a 8ª série do ensino fundamental participa do Enem. Como sugestão, dá a dica de o concorrente, sempre que possível, exercitar o raciocínio lógico. “Você pode fazer as questões por uma fórmula, mas, às vezes, com raciocínio lógico consegue desenvolver só com o pensamento. Tendo o raciocínio lógico mais avançado, mais prático em sua vida, consegue fazer a prova com mais facilidade”, observa. “O estudo para o Enem está sendo muito voltado não para decorar fórmula, fazer contas, mas como saber ver cada problema, com uma solução eficiente e, ao mesmo tempo, rápida”, resume Leonardo Vieira Galvão, 17, que pretende cursar medicina ou engenharia civil.

