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RIO DE JANEIRO

Vítimas prestam depoimento à Justiça no caso de estelionato envolvendo a empresária Lívia Moura

Lívia da Silva Moura é acusada de vender ingressos falsos para a edição do Rock In Rio 2022

Lívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, e investigada pela políciaLívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, e investigada pela polícia - Foto: Divulgação / Polícia civil

O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos houve nesta terça-feira testemunhas do processo que analisa se a empresária Lívia da Silva Moura cometeu ou não crime de estelionato. A irmã do ex-jogador Léo Moura é acusada de vender ingressos falsos para camarotes do Rock in Rio, em 2022.

Entre as testemunhas a serem ouvidas estão as vítimas, um policial civil e um representante do Rock in Rio.

Lívia chegou a ser presa acusada de vender de ingressos falsificados para o festival. Na ocasião, a investigação concluiu que ela fez passar-se por representantes dos organizadores do Rock in Rio para vender ingressos falsos.

O ex- jogador Léo Moura nada tem a ver com os golpes e não foi alvo de qualquer investigação policial.

A pedido da defesa, Lívia teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. O benefício foi condicionado a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Mas a suspeita nunca apareceu para colocar o monitoramento eletrônico. O Globo não conseguiu contato com a defesa de Lívia da Silva Moura.

Este ano, Lívia também foi denunciada à Justiça por ao menos 20 pessoas pela venda de pulseiras falsas para os desfiles das escolas de samba na Sapucaí. Segundo a polícia, os ingressos falsos foram vendidos por valores entre R$ 2 e 6 mil.

Segundo denúncias feitas por vítimas, Lívia chegou a fazer vídeo chamadas da área de credenciamento dos camarotes para conferir credibilidade ao golpe. As vendas dos ingressos oferecidos por ela seriam para desfiles de escolas do Grupo Especial, de domingo, de segunda-feira e ainda para os Desfiles das Campeãs.

Lívia já responde na Justiça por outros dois casos de estelionato. Em janeiro deste ano, o juízo da 5ª Vara Criminal da Capital decretou a revelia de Lívia em um processo em que ela é acusada de furtar e assinar cheques do jogador de futebol Renato Augusto, atualmente no Fluminense — ou seja, a ação continuará correndo mesmo sem o comparecimento da acusada às audiências.

Na ocasião, ela teria sido contratada para cuidar das atrações da festa de um ano de casamento do atleta, com promessa de shows de artistas como Thiaguinho, Péricles e MC Marcinho. As apresentações, porém, nunca chegaram a acontecer.

Outro golpe orquestrado pela irmã do jogador foi contra um grupo de 30 torcedores do Flamengo que viriam ao Rio assistir a um jogo em 2019.

Uma das vítimas do golpe dos ingressos para a partida entre o Flamengo e o Grêmio, em 2019, disse que Lívia vendeu os ingressos falando que tinha um contrato com o Clube de Regatas Flamengo, que repassaria as entradas para o jogo contra o Grêmio. No entanto, o grupo nunca recebeu os ingressos.

O prejuízo do grupo teria sido de R$ 25.920 apenas com os ingressos, fora passagem, acomodação e alimentação durante a passagem pelo Rio.

Sem entregar os ingressos, Lívia disse ao grupo que devolveria o valor dos 30 ingressos, o que também nunca chegou a acontecer. Para tentar se livrar das acusações, a golpista chegou a enviar um comprovante de depósito falso. Daniel deu queixa na 12ª DP (Copacabana), mas Lívia não pode ser presa, já que o flagrante já havia passado.

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