Sáb, 13 de Dezembro

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FIM DA SANÇÃO

"A verdade venceu", diz Moraes após EUA retirarem sanções da Lei Magnitsky

Ministro do STF agradeceu ao presidente Lula pelo empenho e afirmou que decisão do governo americano desta sexta foi "vitória do Judiciário"

Em lançamento do SBT News, Alexandre de Moraes agradeceu ao presidente Lula pelas negociações com os Estados UnidosEm lançamento do SBT News, Alexandre de Moraes agradeceu ao presidente Lula pelas negociações com os Estados Unidos - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (12) que a retirada das sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos foi uma “vitória do Judiciário brasileiro” e que “a verdade venceu”.

Moraes ainda agradeceu ao presidente Lula (PT) pelo empenho nas negociações com os EUA, e lembrou que nunca pediu que o presidente tomasse medidas contra as sanções impostas pelo presidente Donald Trump porque tinha confiança de que “a verdade prevaleceria”.

— Nós podemos dizer com satisfação, com humildade, mas com satisfação, que foi uma tripla vitória. A vitória do Judiciário Brasileiro. Judiciário Brasileiro que não se vergou a ameaças, e coações, e não se vergará e continuou com imparcialidade, seriedade e coragem. A vitória da soberania nacional. O presidente Lula, desde o primeiro momento, disse que o país não iria admitir qualquer invasão da soberania brasileira. Mas mais do que tudo isso, a vitória da democracia — falou.

Moraes participou do lançamento do SBT News, novo canal de notícias da emissora. No evento, além de Moraes, estavam presentes o presidente Lula, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.

— O Brasil chega hoje, quase final de ano, o Brasil chega dando exemplo de democracia e força institucional a todos os países do mundo — acrescentou Moraes.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a retirada de Moraes, de sua esposa Viviane Barci de Moraes, e do instituto da família do ministro da lista de sancionados pela Lei Magnitsky, norma criada para aplicar sanções financeiras e administrativa a pessoas envolvidas em atos de corrupção e violação dos direitos humanos.

O comunicado da remoção dos sancionados foi publicado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA sem descrever quais foram as razões para a retirada.

Isso ocorre em meio ao distensionamento das relações entre o governo de Donald Trump e a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil já havia pedido, em conversas de Lula com Trump e do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, com o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, o fim das sanções a autoridades brasileiras.

Moraes foi incluído no rol de sancionados da Magnitsky em julho, no mesmo dia em que Trump formalizou o tarifaço de 50% contra exportações brasileiras.

A motivação citada à época foi a atuação do ministro na ação penal da trama golpista que posteriormente condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. O ministro era acusado pelo governo Trump de promover uma "caça às bruxas" contra Bolsonaro.

Moraes foi o primeiro brasileiro sancionado diretamente pela Magnitsky, que impõe restrições econômicas, como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo americano, e teve seus cartões de crédito no Brasil cancelados. Em 22 de setembro, o governo americano anunciou a inclusão também de Viviane Barci de Moraes e da empresa Lex, de Viviane e dos três filhos de Moraes.

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