Sex, 05 de Dezembro

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Justiça

ADPF das Favelas: Rio pede mais prazo a Moraes para entregar dados de megaoperação policial

Ministro do STF determinou entrega de cópias de todos os laudos necroscópicos realizados

O ministro do STF Alexandre de Moraes, apontou que há divergências entre as informações divulgadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e de outros órgãos, como o Ministério Público.O ministro do STF Alexandre de Moraes, apontou que há divergências entre as informações divulgadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e de outros órgãos, como o Ministério Público. - Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O governo do Rio de Janeiro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação por cinco dias úteis do prazo para apresentar informações e documentos relativos à megaoperação policial de 28 de outubro exigidos por ele no âmbito da ADPF das Favelas. 

Na petição, a Procuradoria Geral do Estado argumenta que as secretarias envolvidas precisam de mais tempo para consolidar os dados solicitados.

A decisão de Moraes, proferida nesta segunda-feira, determina a entrega de cópias de todos os laudos necroscópicos realizados, com registro fotográfico e busca de projéteis.

Na determinação, o ministro apontou que há divergências entre as informações divulgadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e de outros órgãos, como o Ministério Público.

O governo do Rio também levantou dúvida sobre o regime de sigilo desses documentos, por conterem imagens e informações pessoais, mencionando a Lei de Acesso à Informação.

A Procuradoria questiona se os arquivos devem ser anexados de forma pública ou em petição apartada, sob sigilo.

Moraes assumiu temporariamente a relatoria da ADPF das Favelas com a ida do relator original, ministro Edson Fachin, para a presidência do Supremo. A ação ficaria então com o ministro Luís Roberto Barroso, mas ele se aposentou antecipadamente no mês passado.

A operação Contenção, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, deixou 121 mortos e tornou-se uma das mais letais da história do país.

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