Dom, 07 de Dezembro

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SENADO

Alcolumbre nega conversa prévia com governo sobre MP do tarifaço

Principal medida de socorro é uma linha de crédito de até R$ 30 bilhões para empresas que comprovarem perdas com a taxação americana

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversa com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, durante assinatura da medida provisória Brasil SoberanoO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversa com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, durante assinatura da medida provisória Brasil Soberano - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), negou ter tido uma conversa prévia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o plano de socorro para as empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos.

O pacote estabelece uma série de instrumentos para auxiliar os exportadores afetados, de linhas de crédito subsidiado a compras governamentais, que poderão ser utilizados conforme as diretrizes de uma medida provisória (MP) enviada ao Congresso Nacional. Alcolumbre disse não conhecer o texto da MP.

Questionado se houve algum pedido direto do governo para colaboração ou pedidos de votos junto aos demais senadores e membros de partidos de centro, Alcolumbre negou qualquer diálogo.

— Não houve nenhuma conversa em relação a esta MP que foi editada e o conjunto dos senadores e deputados não conhece o seu teor. A minha presença e do Hugo Motta (com Lula) foi apenas para participar de um ato relevante para os empregos e empresas. Eu nem li essa MP — afirmou.

As medidas foram anunciadas em evento no Palácio do Planalto, com a presença de Lula, ministros e empresários. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, também participam. Na véspera, os dois estiveram com Lula no Palacio do Alvorada, em reuniões a portas fechadas.

A sobretaxa de 50% está em vigor desde 6 de agosto e atinge cerca de 55% da pauta exportadora brasileira para o país liderado por Donald Trump, como os setores de café, carnes, têxteis, açúcar e pescados. Ficaram de fora os embarques de suco de laranja, da indústria de aviões e de petróleo, por exemplo.

A principal medida de socorro é uma linha de crédito de até R$ 30 bilhões para empresas que comprovarem perdas com a taxação americana, sobretudo pequenos e médios negócios. Os juros serão subsidiados.

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