Sáb, 06 de Dezembro

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Câmara dos Deputados

Após recusa a ministério e apoio do União Brasil a anistia, líder diz que partido vai 'ajudar'

Pedro Lucas Fernandes rejeitou chamado de Lula para assumir Comunicações

Pedro LucasPedro Lucas - Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Após recusar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério das Comunicações, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), tentou minimizar possíveis atritos com o Palácio do Planalto e disse que a bancada da sigla vai "ajudar" o governo na Casa.

A relação, no entanto, passa por turbulências. Pedro Lucas não assumiu a pasta justamente para evitar um racha na bancada, que tem parte expressiva defendendo um afastamento da gestão petista. A maioria dos deputados do partido também assinou o requerimento de urgência do projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro, tema que o Planalto tenta engavetar.

— Não tem ruído com o governo, a construção é feita com o diálogo permanente com o governo. O governo sabe da determinação do União Brasil em ajudá-lo, com bastante diálogo com a ministra Gleisi e o presidente Lula. A bancada do União Brasil saiu fortalecida — disse Pedro Lucas ao Globo.

Após o deputado declinar, Lula aceitou nova indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), desta vez com perfil técnico, e confirmou o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, para comandar a pasta. Com a base fragilizada e enfrentando resistência da bancada do União Brasil na Câmara, a aposta do governo é estreitar as relações com o presidente do Senado para evitar uma crise de governabilidade.

No Palácio do Planalto, Alcolumbre e Siqueira Filho conversaram nesta quarta-feira com Lula sobre os trabalhos da pasta. Eles foram acompanhados pelo ex-ministro Juscelino Filho, exonerado após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares, e pelo líder do União na Câmara, Pedro Lucas (MA), que recusou o posto na véspera.

O aval de Lula foi confirmado pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, além de auxiliares no Planalto. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que esteve na sede do governo durante a tarde para receber o texto da PEC da Segurança Pública, também foi informado sobre a escolha.

Na conversa sobre o ministério, foram citados três nomes a Lula. Frederico, porém, foi aceito após ser apontado como o principal técnico para a vaga.

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