Dom, 07 de Dezembro

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BRASIL

Após reunião com Levitsky, Lula diz que "extremismo subverte princípios da sociedade"

Lula recebeu o autor americano no momento em que escalada de tensão entre Estados Unidos e o Brasil tem se acirrado

Steven Levitsky e Lula no Palácio do Planalto Steven Levitsky e Lula no Palácio do Planalto  - Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira no Palácio do Planalto o professor Steven Levitsky cientista político e autor do best-seller “Como as Democracias Morrem”. Após o encontro, em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que o "extremismo subverte princípios da sociedade"

"Vivemos uma tentativa de golpe. Planos para assassinar autoridades e manter no poder um grupo político que perdeu as eleições presidenciais. Tudo isso culminou no 8 de janeiro de 2023, que ficou marcado pelo rastro de destruição nas sedes dos Três Poderes. Em momentos onde o extremismo tenta subverter os princípios básicos da sociedade brasileira, inclusive o voto popular, é sempre importante ouvir vozes que defendem a democracia", disse Lula na publicação. 

Lula recebeu o autor americano no momento em que escalada de tensão entre Estados Unidos e o Brasil tem se acirrado. Nesta quarta-feira, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, veio a público criticar o programa Mais Médicos e anunciar revogação vistos americanos de funcionários do governo brasileiro no país. O Departamento de Estado Americano revogou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman e seus familiares. Mozart e Kleiman trabalharam no Ministério da Saúde durante o programa Mais Médicos e participaram do planejamento e da implementação do programa no Brasil.

 

 

 

Na terça-feira, o governo de Donald Trump também acusou Lula de reprimir "o debate democrático" e a "expressão dos simpatizantes" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de citar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao acusar o país de promover censura. Os apontamentos foram feitos no relatório “2024 Country Reports on Human Rights Practices: Brazil”.

Há cerca de 40 dias, o embate entre EUA e Brasil vem ganhando contornos mais tensos. O governo americano anunciou a aplicação de tarifas de 50% sobre inúmeros produtos brasileiros e sancionou via Lei Magnitsky o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do julgamento contra Bolsonaro.

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