Caiado aparece em propaganda do União Brasil após lançamento de candidatura de Flávio Bolsonaro
Governador de Goiás decidiu se manter na disputa pela presidência mesmo após anuncio do senador como sucessor do ex-presidente Bolsonaro nas urnas
Em meio ao desarranjo da direita provocado pelo lançamento da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, aparecerá como pré-candidato em uma publicidade nacional do União Brasil que será divulgada nesta semana. Na peça, obtida pelo Globo, Caiado dá enfoque na segurança pública e alfineta a gestão do governo federal no tema.
No vídeo, ele aparece segurando uma caneta que quis ser "igual à que o presidente da República tem" e "mais poderosa do que qualquer fuzil de qualquer traficante".
Eu sei disso porque eu também tenho essa arma para governar. A diferença é que a minha eu uso. Foi com ela que transformei Goiás no estado mais seguro do Brasil afirma.
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Na gravação, Caiado também faz uma referência indireta ao governador Tarcísio de Freitas, ao dizer que em Goiás "não tem o maior orçamento do país ou o maior número de policiais", detidos por São Paulo, mas afirma ter "coragem de sobra e mão firme contra a bandidagem".
A divulgação acontece após Caiado dizer que manterá sua pré-candidatura à presidência, mesmo após a escolha de Flávio Bolsonaro para assumir o lugar de sucessor do pai nas urnas no ano que vem.
"É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro. Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros", disse em um comunicado divulgado à imprensa.
Antes, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, também se manifestou sobre a indicação de Flávio, mas reclamou da "polarização em 2026".
Como mostrou o Globo, a sigla, prestes a ser unida ao PP em uma federação, junto a outros partidos da centro-direita, como o PSD e Republicanos, discordam da escolha de Flávio e avaliam a possibilidade de adotar a neutralidade na eleição presidencial ou o lançamento da candidaturas próprias.

