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REAÇÃO

Caiado diz que postura de Ciro Nogueira é "vergonhosa" ao se colocar como "porta-voz" de Bolsonaro

Governador de Goiás diz que senador tenta se colocar como vice de Tarcísio antes da hora

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, e Jair BolsonaroRonaldo Caiado, governador de Goiás, e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu neste domingo (05) às declarações do senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre a sucessão presidencial de 2026.

Em publicação nas redes sociais, Caiado classificou como “vergonhosa” a tentativa do ex-ministro de Jair Bolsonaro de se colocar como "porta-voz" do ex-presidente e de antecipar o apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa, e algo tão gritante que ele já se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”, disse Caiado.

O governador disse ainda que, caso Bolsonaro tivesse o interesse de ter um porta-voz, seria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ou um dos seus filhos.

A reação ocorreu após Ciro afirmar, em entrevista ao Globo , que “se fosse hoje” veria apenas dois nomes viáveis para a corrida presidencial: Tarcísio ou Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná.

— Eles têm metade da rejeição do Bolsonaro e quase 40% de desconhecimento, o que é potencial de crescimento. Mas só têm viabilidade com o apoio do presidente Bolsonaro — disse o senador.

Caiado reagiu publicamente, acusando o senador de tentar decidir por Bolsonaro e de vetar outros nomes da direita.

“De pronto, Ciro já veta pelo menos três pré-candidaturas: as de Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro e a minha, prestando um enorme desserviço à direita”, afirmou.

O incômodo de Caiado ocorre após seu partido, o União Brasil, ter anunciado uma federação com o Progressistas, de Ciro. Integrantes do União dizem que o goiano dificilmente irá conseguir se viabilizar. Neste contexto, o governador ressaltou não precisar do aval do senador.

A troca de farpas evidencia a fragmentação dentro do campo da direita, onde Tarcísio tenta manter distância de disputas antecipadas e os demais governadores competem para ocupar o espólio deixado pelo ex-presidente.

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