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JORNALISMO

Com cheiro de melaço e tinta do jornal, Folha de Pernambuco completa 26 anos

Bravura, ousadia e face visionária formam a trajetória bem-sucedida da Folha

Sede da Folha de Pernambuco, no Bairro do Recife - Foto: Alfeu Tavares/Folha de PernambucoSede da Folha de Pernambuco, no Bairro do Recife - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

A bela e bem-sucedida história do jornal Folha de Pernambuco que, na última quarta-feira, completou 26 anos da sua fundação, se confunde com a bravura, a ousadia e a face visionária de seu proprietário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM. Com três usinas no Nordeste, um jornal e duas emissoras, Eduardo já dirigiu e controlou até banco, o Banco Mercantil, mas bastou uma simples passagem pelo Diário de Pernambuco, na condição de arrendatário, para ser contaminado pelo jornalismo e suas paixões.

Nesse caminho sem volta, o cheiro exalado pela tinta no processo da impressão do jornal, se não foi tão forte quanto o do melaço das suas usinas, passou a ser o verdadeiro aroma exibido por Eduardo na tentativa de contaminar a sociedade com o exercício diário da liberdade de informar, de cobrar das autoridades, de desafiar os ditadores e de fazer valer a lei, independentemente de incomodar, expor as entranhas do poder e revelar a verdade para que a justiça possa ser feita.

Eduardo só não imaginou que a ingratidão e os olhos dos invejosos roubassem dele aquilo que aprendeu a amar tão repentinamente, com o coração ardente e a alma latejando: o próprio DP, jornal bicentenário, para o qual tinha uma missão: torná-lo ainda mais gigante no Nordeste. Mas como diz um velho ditado, nada melhor que um dia após o outro, e Deus na frente de tudo, EQM, com o sangue guerreiro de neto de Agamenon Magalhães, partiu para outro projeto mais ousado ainda.

Foi quando nasceu, em 3 de abril de 1998, a Folha de Pernambuco, já de largada abrindo um paradigma: o alicerce de uma terceira via no jornalismo impresso de Pernambuco, o que poucos acreditavam, até mesmo pelo novo jornal nascer espremido entre dois gigantes do mercado – o Jornal do Commercio e o Diário de Pernambuco. “A Folha nasceu com um perfil popular, mas com o tempo as circunstâncias foram levando o jornal para o setor formador de opinião”, constata Eduardo.

Fui um dos fundadores da Folha. Mesmo estando já atuando em Brasília, estive presente na elaboração do projeto, na discussão do seu modelo e da sua linha editorial. E lembro que Eduardo, com a disposição e o desafio de oferecer aos pernambucanos mais uma tribuna para o debate das ideias, repetia uma palavra de ordem: a de que a ética fosse a tônica do bom jornalismo, da mesma forma como o zumbido acompanha o besouro.

Um dos pilares básicos da Folha pregados por Eduardo, cumprido rigorosamente por toda sua equipe, está na própria natureza do jornalismo, conforme ouvi dele por diversas vezes: apontar o que esteja errado para que seja corrigido. Mostrar o que está ruim para que seja melhorado. Denunciar os que corrompem para que sejam punidos. Expor os que estão em dificuldades para que possam ser ajudados.

Parabéns, Eduardo! É por isso que a Folha faz tanto sucesso.

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