Com Cristo Redentor no oxigênio, revista britânica fala de década sombria do Brasil
Crises sanitária, econômica, política e ambiental do País repercutem internacionalmente
Estampando na capa a imagem do Cristo Redentor com uma máscara de oxigênio, revista britânica “The Economist” traz um material especial na edição de junto, divulgada nesta quinta-feira (3), falando sobre a década sombria vivida pelo Brasil.
A publicação cita que “uma década atrás, o País estava cheio de dinheiro do petróleo e foi premiado com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016". O cenário, que parecia promissor, se transformou. O material sintetiza que “o declínio do Brasil foi chocantemente rápido”.
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O relatório frisa que "os hospitais estão lotados, as favelas ecoam tiros e um recorde de 14,7% dos trabalhadores estão desempregados”. E que dificilmente esse curso trágico será mudado caso o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito no pleito de 2022.
Sem apontar um possível sucessor para o cargo, a revista aponta que a mudança no comando do País é uma prioridade urgente para reverter as crises econômica, sanitária e ambiental.
Brazil has had a dismal decade, marked by economic decline, deforestation and now covid calamity. Jair Bolsonaro is only part of the problem https://t.co/9RShDNqXRX
— The Economist (@TheEconomist) June 3, 2021
A publicação aponta que os problemas que vinham sendo enfrentados no Brasil foram agravados com o instigo autoritário do presidente. E avaliou ainda as influências do crime organizado e das lideranças evangélicas.
O ex-presidente Lula também é citado no relatório. Um dos textos diz que ele "deveria oferecer soluções, não saudades” e faz algumas críticas aos anos de gestão do petista.

