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EX-PRESIDENTE

Defesa de Bolsonaro solicita a Moraes internação no dia 24 para cirurgia

Moraes já autorizou o procedimento para tratar de hérnia inguinal bilateral

Jair Bolsonaro, em prisão preventiva, na Polícia FederalJair Bolsonaro, em prisão preventiva, na Polícia Federal - Foto: Sérgio Lima/AFP

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele seja internado no dia 24 para a cirurgia para a retirada de uma hérnia inguinal bilateral. A realização do procedimento foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, depois que uma perícia da Polícia Federal apontou a necessidade da realização da intervenção médica. 

A perícia da PF concluiu que Bolsonaro precisa passar pela cirurgia "o mais breve possível", mas apontou que o procedimento precisa ser feito "em caráter eletivo". Por isso, Moraes considerou que não havia urgência e determinou que os advogados sugerissem uma data.

Os peritos concluíram que o ex-presidente ficou com uma lesão em um nervo do tronco decorrente de um procedimento cirúrgico, o que está provocando o soluço frequente. É preciso reparar essa área machucada para interromper as crises de soluço.

A hérnia inguinal ocorre quando uma parte do intestino ou tecido abdominal se projeta por um ponto fraco ou abertura na parede muscular da virilha, formando uma protuberância.

 

'Plenas condições'
Para Moraes, Bolsonaro tem "mantém plenas condições de tratamento de saúde na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal", onde cumpre a pena de 27 anos e três meses de prisão que recebeu do STF por uma tentativa de golpe de Estado.

"O réu está custodiado em local de absoluta proximidade com o hospital particular onde realiza atendimentos emergenciais de saúde mais próximo, inclusive, do que o seu endereço residencial- de modo que não há qualquer prejuízo em caso de eventual necessidade de deslocamento de emergência", escreveu o ministro.

Moraes ainda afirmou que Bolsonaro praticou "reiterados descumprimentos das medidas cautelares", que o levaram à prisão domiciliar, em agosto, e "atos concretos visando a fuga", que motivaram sua prisão preventiva, no mês passado.

Um desses atos foi a tentativa de romper a sua tornozeleira eletrônica, admitida pelo próprio ex-presidente.

"O laudo pericial indica que Jair Messias Bolsonaro incorreu em tentativa de violação da tornozeleira, causando extensos danos ao equipamento, com aplicação de solda, evidenciando a violação do equipamento, com a sua abertura, para a efetivação de sua fuga", ressaltou Moraes.

O ministro ainda destacou que, quando tentou romper a tornozeleira, Bolsonaro "encontrava-se sozinho em seu quarto, logo após ter manuseado um 'ferro de solda', demonstrando não existir necessidade de estar sempre acompanhado por terceira pessoa".

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