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investigação

Embaixada da Hungria demite dois funcionários brasileiros após vazamento de imagens de Bolsonaro

Embaixada não informou motivação de desligamentos

Jair Bolsonaro na embaixada da HungriaJair Bolsonaro na embaixada da Hungria - Foto: NYT/Reprodução

A embaixada da Hungria no Brasil exonerou ontem dois funcionários brasileiros após o vazamento de imagens de câmeras de segurança que mostram a movimentação do ex-presidente Jair Bolsonaro no local. Os vídeos foram divulgados pelo jornal americano The New York Times e motivaram a abertura de uma investigação pela Polícia Federal. Procurada, a embaixada não informou o motivo dos deligamentos.

Bolsonaro esteve na sede da representação diplomática durante os dias 12 e 14 de fevereiro, quatro dias após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que apreendeu seu passaporte. Em nota divulgada no mesmo dia da revelação das imagens, a defesa do ex-presidente disse que se hospedou no local, que fica a 13 quilômetros de sua casa, a convite do embaixador, Miklos Tamás Halmai. Alegou que o objetivo era "manter contatos com autoridades do país amigo, inclusive o primeiro-ministro".

Também no mesmo dia, a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luísa Escorel, convocou Halmai para uma reunião, à espera de explicações. O embaixador húngaro praticamente repetiu os argumentos da defesa de Bolsonaro.

A reportagem do NYT sugere que Bolsonaro, alvo de investigações, com destaque para a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, poderia ter procurado a embaixada para pedir asilo. Ele não poderia ser preso em um lugar considerado território de outro país.

O ex-presidente permaneceu no local durante dois dias acompanhado por dois seguranças e na companhia do embaixador húngaro e de membros da equipe diplomática.

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