Empresa que fez campanha de Fuad Noman vai processar União Brasil por dívida de R$ 1,6 milhão
Apenas a primeira parcela do contrato de R$ 2,4 milhões teria sido paga
A empresa CAMP2024 Comunicação SPE, dos marqueteiros Paulo Vasconcelos e Otávio Cabral, notificou extrajudicialmente o partido União Brasil e anunciou que entrará com uma ação judicial cobrando uma dívida de R$ 1,6 milhão, referente à campanha do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). O partido nega ser devedor.
Segundo a CAMP2024, o contrato com o partido previa o pagamento de R$ 2,4 milhões, mas apenas a primeira parcela — de R$ 800 mil — foi quitada. O acordo foi assinado pelo então presidente municipal do partido, Álvaro Damião (atual prefeito da capital mineira), e pelo presidente nacional da legenda, Antonio de Rueda.
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A dívida deveria ter sido paga em três parcelas de R$ 800 mil, entre dezembro e fevereiro. No entanto, apenas a primeira foi quitada — e com atraso, tendo sido paga em fevereiro. Após seis meses sem novos repasses, a empresa decidiu judicializar o caso no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
O contrato original da campanha de Fuad com a CAMP2024 era de R$ 9,545 milhões. Até o segundo turno das eleições, haviam sido pagos R$ 6,261 milhões. O valor restante — R$ 3,283 milhões — foi dividido entre o PSD (partido de Fuad) e o União Brasil por meio de dois contratos de assunção de dívida.
O PSD teria pagado sua parte, R$ 883,7 mil dentro do prazo acordado. Já o União Brasil efetuou apenas o pagamento inicial de R$ 800 mil, deixando um saldo pendente de R$ 1,6 milhão.
Procurado pelo Globo, o presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, afirmou não ver motivo para a cobrança judicial:
— Até onde sei, não devemos nada. Está quitada — disse.
O ex-prefeito Fuad Noman morreu em 26 de março, em decorrência das complicações originadas por um câncer. Álvaro Damião herdou a cadeira m

