Érika Hilton tem maquiadores como assessores na Câmara e vira alvo de bolsonaristas
Em resposta, parlamentar afirma que profissionais desempenham funções de secretários parlamentares e que os credita quando 'podem fazer sua maquiagem'
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) contratou dois de seus maquiadores como assessores parlamentares, segundo dados do Portal da Câmara. Os profissionais Ronaldo Hass e Índy Motiel aparecem como funcionários comissionados na folha de pagamento do gabinete dela. A informação foi divulgada pelo portal de notícias Metrópoles e confirmada pelo GLOBO. Nas redes sociais, o caso tem repercutido a partir de críticas direcionadas a ela feitas por integrantes da oposição bolsonarista.
Listado como assessor da deputada desde maio do ano passado e com salário bruto de R$ 9.678,22, o maquiador de São Paulo Ronaldo Hass assina produções de Érika para momentos como o show da Beyoncé em Paris na semana passada, segundo um post compartilhado no Instagram pelo stylist Bruno Pimentel.
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Em seu perfil no Instagram, Hass também compartilhou maquiagens feitas para a parlamentar para ocasiões como a "Marsha Trans" em Brasília no ano passado e o desfile técnico da Paraíso da Tuiuti, escola de samba carioca pela qual ela desfilou em março deste ano.
Também creditada por maquiagens e penteados de Hilton, Índy Montiel também aparece como assessora da deputada desde dezembro do ano passado, com salário bruto mensal de R$ 2.126,59. Ao mostrar detalhes das produções nas redes sociais, ela se refere à parlamentar como "musa" e "living doll" (boneca viva, traduzida do inglês).
A parlamentar negou a contratação dos maquiadores com a verba de gabinete em um pronunciamento no X nesta terça-feira. "O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas".
No post, a parlamentar também afirmou que os conheceu como maquiadores, mas disse que "identificou outros talentos" e os chamou para trabalhar com ela. . "Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os crédito por isso".
Ainda no X, a informação tem repercutido entre parlamentares da oposição, como Nikolas Ferreira (PL-MG), que escreveu que "ela está certa, errado é quem votou nisso". Já o deputado Paulo Bilynski (PL-SP) a acusou improbidade administrativa e a ameaçou denunciá-la nesta terça-feira.
A deputada também foi criticada por vereadores de São Paulo, como Amanda Vetorazzo (União), que se referiu a ela como "modelo que finge ser deputada". Já Rubinho Nunes (União) escreveu que Érika gasta "R$ 10 mil por mês para passar base e pó e ainda leva o time de beleza para passear na Europa". Na postagem, ele também a criticou por ela não ter participado da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, no último domingo.

