Ferro de solda usado por Bolsonaro para tentar romper tornozeleira não é indicado para plástico
Relatório da Secretaria Penitenciária do DF aponta que Bolsonaro admitiu ter usado o equipamento por 'curiosidade'
O ex-presidente Jair Bolsonaro, preso neste sábado, reconheceu ter usado um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica que utilizava como medida cautelar. O equipamento é uma ferramenta elétrica que, ao aquecer a ponta, é capaz de derreter materiais como o estanho, mas não é próprio para derreter plástico, como a caixa da tornozeleira eletrônica, podendo sujar ou danificar a ponta da ferramenta.
No diálogo com uma agente, Bolsonaro afirma que usou "ferro de solda" no equipamento e alega que o fez por "curiosidade".
A ferramenta é amplamente utilizada por técnicos em eletrônica para consertar ou montar circuitos eletrônicos, conectar fios e em diversas outras aplicações de metalurgia, eletricidade e artesanato. O calor gerado permite a criação de conexões elétricas e mecânicas fortes. A ferramenta é perigosa, pois pode queimar a pele.
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A informação consta em relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE-DF), elaborado após equipes de fiscalização serem acionadas para verificar possível violação do dispositivo. Bolsonaro foi preso por risco de fuga após a constatação das avarias.
A secretaria também anexou um vídeo do momento em que a equipe da secretaria do DF inspeciona o aparelho.

