Seg, 29 de Dezembro

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Defesa

Hostilidade dos EUA contra o Brasil visa reabilitar extrema-direita, diz Haddad

Ministro critica tarifas de Trump e defende soberania nacional em debate do PT

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou neste sábado (23) sobre as mensagens divulgadas no relatório da Polícia Federal que resultaram em novo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem citar diretamente Bolsonaro ou a investigação, Haddad relacionou o chamado tarifaço do presidente americano Donald Trump contra o Brasil a uma tentativa de proteger a extrema-direita no país.

“Vimos aí pelas mensagens trocadas que o único objetivo é livrar a cara dos golpistas e não tem nenhuma outra finalidade, essa hostilidade, que não seja reabilitar a extrema-direita no Brasil”, afirmou o ministro durante participação por vídeo em encontro do PT sobre conjuntura política nacional e internacional, em Brasília.

Haddad reforçou a defesa da soberania nacional e destacou que o Brasil não deve abrir mão da parceria com os Estados Unidos, “mas não nas condições que estão sendo colocadas”. Ele lembrou que os áudios citados fazem parte da investigação que indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, pelos crimes de coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito.

“O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Nós sabemos disso. Temos tamanho, densidade, importância para manter e garantir nossa soberania”, disse Haddad, ressaltando ainda a necessidade de fortalecer relações comerciais com todos os parceiros globais.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também participou do debate e foi elogiado por Haddad pelas negociações conduzidas com autoridades americanas. “É assim que tem que ser. Sem bravata, mas fazendo valer a dignidade e a sobriedade da nossa gente, e o respeito ao povo brasileiro”, concluiu.

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