Lula aceita indicação de Alcolumbre e decide nomear presidente da Telebras como novo ministro
Informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou nesta quarta-feira (23) a indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para o comando do Ministério das Comunicações. O escolhido é o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que esteve no Palácio do Planalto durante a tarde, também foi informado pelo governo da escolha.
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No Planalto, Lula deu aval à indicação ao lado de Alcolumbre e Siqueira Filho. Também estiveram no encontro o ex-ministro Juscelino Filho e o líder do União na Câmara, Pedro Lucas, que recusou o posto na terça-feira.
Em conversa por telefone na noite de terça-feira, Alcolumbre e Lula já haviam acertado que o presidente do Senado apresentaria a indicação de um nome de fora do Congresso, com perfil técnico, para comandar a pasta.
Tatiana Miranda, diretora administrativo-financeira e de relações com investidores da Telebras, também chegou a ser citada no União Brasil como uma possível nome para a pasta. Mais cedo, o colunista Lauro Jardim informou que Siqueira já havia sido indicado por Alcolumbre ao presidente.
O presidente da Telebras foi sugerido a Alcolumbre pelo líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB). Se confirmada, a escolha simbolizaria que a pasta não está sob a batuta da bancada da Câmara do partido, que ficou desgastada com o governo por causa do fato de o líder Pedro Lucas ter recusado o convite para ser ministro.
O gesto evidenciou a fragilidade da base aliada e constrangeu o Planalto na terça-feira.
A decisão de Pedro Lucas em recusar o ministério deixou Lula irritado, segundo integrantes do governo. Na terça-feira, chegou a ser cogitada a hipótese de que o União perdesse espaço na Esplanada. Mas, em seguida, prevaleceu a avaliação de que a conjuntura não permite um confronto com o presidente do Senado.

