Lula diz que "estão conhecendo mais o Brasil" e lembra atrito de Bolsonaro com Macron
Petista referenciou o episódio de 2019, quando o ex-presidente endossou um comentário nas redes sociais que comparava a primeira-dama da França com Michelle Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira que "as pessoas estão conhecendo mais o Brasil. Durante evento de lançamento do Plano Safra 2025/26 no Palácio do Planalto, o petista também relembrou um atrito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o chefe do Executivo Francês, Emmanuel Macron.
— Fico feliz quando vejo alguém se queixar de que o aeroporto está voltando a ser rodoviária. Eu fico feliz que vocês estão conseguindo viajar de avião (...) nós vamos pela primeira vez chegar a 10 milhões de turistas visitando o Brasil, não é porque o Brasil está ficando mais bonito não. As pessoas estão conhecendo mais. Você tinha um presidente da República que não recebeu outro presidente porque disse que a mulher dele era velha. Você imagina o que teria para ver neste país — disse Lula.
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Lula referenciou a polêmica ocorrida em 2019, quando o ex-presidente endossou um comentário nas redes sociais que comparava a primeira-dama da França, Brigitte Macron, com a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Entenda agora porque Macron persegue Bolsonaro?”, dizia publicação de um internauta na rede social Facebook. “Não humilha, cara Kkkkkkk”, respondeu Bolsonaro, que apagou o comentário posteriormente.
No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou de ”fracasso” o ato organizado por Bolsonaro e seus apoiadores na avenida Paulista neste domingo. O petista também defendeu Lula de críticas feitas pelo ex-presidente durante a manifestação.
– Eu não posso deixar de mencionar o ataque que o senhor [Lula] sofreu do seu antecessor [Bolsonaro] nas redes sociais, que talvez tenha acordado chateado pelo fracasso do evento na paulista ontem [domingo] e resolveu lhe atacar – disse Haddad.
Segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common, a manifestação na capital paulista reuniu 12,4 mil pessoas em seu ápice.
O ministro disse que, ao contrário de Bolsonaro, Lula nunca pediu “anistia” a aliados políticos enquanto era julgado pelos processo da Lava Jato.
– O senhor nunca pediu para qualquer de nós petistas, um favor, uma anistia, nada disso. O senhor teve a dignidade de falar para todos nós que tivemos o privilégio de ter acesso ao senhor, de pedir justiça. Esse nem foi julgado ainda e já está pedindo perdão, pedindo anistia, fugindo do debate. Desde 2018 espero o debate com ele e ele está fugindo do debate.

