Sáb, 06 de Dezembro

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MEIO AMBIENTE

Lula diz que fez "vetos estratégicos" em projeto de licenciamento para "proteger o meio ambiente"

Dos quase 400 pontos do projeto de lei, Lula vetou 63 dispositivos

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da RepúblicaPresidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que fez "vetos estratégicos para proteger o meio ambiente" no projeto de lei que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental no Brasil.

Dos quase 400 pontos do texto, Lula vetou 63 dispositivos.

O governo também enviou um projeto de lei ao Congresso para corrigir "vácuos" deixados pelos vetos e uma Medida Provisória para que o modelo de Licença Ambiental Especial (LAE) entre imediatamente em vigor, mas sem a previsão de análise em uma só etapa, como a proposta original do Congresso previa.

"Hoje tomei uma decisão importante para o Brasil, depois de muito diálogo e análise cuidadosa com nossa equipe de governo. Sancionei a Lei Geral do Licenciamento Ambiental com vetos estratégicos para proteger o meio ambiente, garantir os direitos de povos indígenas e quilombolas e oferecer segurança jurídica a quem quer investir e gerar empregos no país", afirmou Lula nas redes sociais.

Foram vetadas, por exemplo, a possibilidade de a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) ser usada para empreendimentos considerados de médio potencial poluidor.

De acordo com a Casa Civil, há respaldo para o veto com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto. Também foi barrada a permissão para que cada estado tivesse regras de licenciamento ambiental, sem padronização nacional.

Na visão de Lula, os vetos "asseguram que o licenciamento seja um instrumento de desenvolvimento com responsabilidade, mantendo critérios técnicos sólidos e o respeito à nossa Constituição."

Agora, os trechos da lei retirados por Lula serão analisados pelo Congresso, onde o governo enfrenta resistências para avançar com a pauta ambiental. Na tramitação do texto no Senado e na Câmara, os esforços da ministra Marina Silva e da articulação política do governo não foram suficientes para evitar o avanço do texto.

"Queremos, junto aos parlamentares, consolidar um marco legal capaz de impulsionar o crescimento de forma sustentável, preservar nossas riquezas e promover justiça social", afirmou o presidente.

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