Lula, otimista de que após futura reunião com Trump "tudo ficará resolvido" entre Brasil e EUA
Trump anunciou ter combinado um encontro com Lula na próxima semana, em meio a uma crise diplomática e comercial desatada pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se otimista, nesta quarta-feira (24), de que após sua primeira reunião com o colega americano, Donald Trump, prevista para os próximos dias, "tudo ficará resolvido" na crise entre Brasil e Estados Unidos.
"Na hora em que a gente tiver o encontro, eu acho que tudo isso ficará resolvido, e o Brasil e os Estados Unidos voltarão a viver em harmonia", disse Lula, durante coletiva de imprensa na ONU, após participar da Assembleia Geral da organização.
Na terça-feira, Trump anunciou ter combinado um encontro com Lula na próxima semana, em meio a uma crise diplomática e comercial desatada pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do republicano, por tentativa de golpe de Estado.
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Lula afirmou querer que a reunião aconteça "o mais rápido possível" para "acabar com o mal-estar que existe hoje na relação entre Brasil e Estados Unidos".
Ambos os líderes se encontraram na terça-feira na Assembleia Geral da ONU pela primeira vez.
Na tribuna da ONU, Trump destacou uma "excelente química" durante esse breve encontro que durou "uns 39 segundos".
Até agora, Trump vinha se mostrando implacável com o governo de Lula.
Washington impôs em agosto tarifas punitivas sobre produtos brasileiros sob o argumento de que existe uma "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro, condenado neste mês a 27 anos de prisão por tentar se manter no poder após perder as eleições em 2022.
A Casa Branca sancionou ainda funcionários e autoridades brasileiros e suas famílias como represália pelo julgamento de Bolsonaro.
Trump tem "informações equivocadas" sobre o Brasil, disse nesta quarta-feira Lula, defendendo mais uma vez a "soberania e a democracia" do país.
"Isso não é discutível. nem com o presidente Trump, nem com nenhum presidente do mundo", acrescentou o petista.

