Ministro espera iniciar atendimento de usuários do SUS na rede privada em agosto
Atendimentos feitos serão convertidos no abatimento de dívidas com o governo federal ou em um crédito tributário para impostos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira que a previsão é que, em agosto, hospitais da rede privada comecem a oferecer atendimentos especializados a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
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A medida visa reduzir as filas para atendimento nos hospitais públicos e as unidades particulares que aderirem à parceria terão, em troca, dívidas abatidas com a União e créditos financeiros.
A política poderá ser aderida por hospitais privados com ou sem dívidas com a União. Os atendimentos feitos serão voltados para seis áreas prioritárias — oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia — e convertidos no abatimento de dívidas ou em um crédito tributário para o pagamento de impostos, com o teto de R$ 2 bilhões por ano.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 3.537 instituições privadas de saúde possuem dívidas com o governo federal, em um valor estimado em R$ 34,131 bilhões.
— Nem sempre você consegue cobrar — declarou Haddad, durante cerimônia ao lado de Padilha no Ministério da Saúde. — O setor da saúde precisava ter uma atenção especial no âmbito da transação (...) penso que o Ministério da Saúde foi muito feliz em levar a ideia ao presidente a ideia de criar um misto de um misto de Prouni com Desenrola.

