Operação contra Bolsonaro: Governo não deve se manifestar e Planalto diz que ministros não falem
A estratégia de silêncio sobre o episódio é capitaneada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira
O Palácio do Planalto definiu que o governo não irá se manifestar sobre a operação da Policia Federal, da manhã desta sexta-feira (18), que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno e usar tornozeleira eletrônica.
Na avaliação de auxiliares próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não cabe ao governo se manifestar sobre a operação da PF contra Jair Bolsonaro, por se tratar de um caso que vem sendo tratado no âmbito judicial.
Ministros do governo também estão sendo orientados a não se manifestarem sobre a operação. A estratégia de silêncio sobre o episódio é capitaneada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.
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Bolsonaro está proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros, e de se aproximar de embaixadas, e não pode utilizar redes sociais. Familiares avaliam que essa medida pode resultar na proibição do capitão reformado de falar com Eduardo Bolsonaro.
O filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos capitaneando o movimento junto à gestão Donald Trump pela anistia e pela punição de ministros do STF, é alvo de investigação.
Em discurso em Juazeiro (BA) na quinta-feira, Lula afirmou que Eduardo Bolsonaro foi aos Estados Unidos para convencer Trump "a dar um golpe no Brasil", citando a taxação de 50% contra produtos brasileiros a partir de agosto.
— Esses dias o presidente Trump, a troco não sei do que, talvez a pedido do filho do coisa, o filho do coisa é deputado, pediu licença para ir lá, pedir para o Trump dar golpe no Brasil. E o Trump mandou uma carta desaforada: se não soltar Bolsonaro, se não parar de perseguir ele, dia 1º de agosto vou taxar o brasil em 50%. Veja que coisa absurda — afirmou Lula durante cerimônia de entregas do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde.

