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ESTRATÉGIA

Oposição reage a denúncia contra Bolsonaro e pede anistia do 8 de janeiro: "Precisamos de justiça"

Deputado diz que Bolsonaro já "entra condenado", em referência ao julgamento da corte

Rogério MarinhoRogério Marinho - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/

Deputados e senadores de oposição questionaram nesta quarta-feira a imparcialidade de ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF) para julgarem a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentada pela Procuradoria Geral República (PGR). Para eles, o julgamento de Bolsonaro já começa com uma condenação.

O líder na Câmara, coronel Zucco (PL-RS), e o líder no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) pediram diálogo sobre a anistia aos condenados e investigados pelo 8 de janeiro. Eles defenderam que é necessário "justiça" para aqueles que tiveram penas altas.

— Achamos que quem fez errado tem que pagar, mas não de por 17, 15 anos. Precisamos de pacificação, mas também precisamos de justiça. Muitos estão se sentindo confortáveis com um judiciário parcial. Não dá para acreditar em uma câmara de ministros que faz criticas ao ex-presidente, a exemplo de (Flávio) Dino. Como exigir imparcialidade? — disse o líder no Senado, Rogério Marinho.

Coronel Zucco afirmou ainda que, além da fala de ministros, recentes decisões da Corte o fazem duvidar de que Bolsonaro possa escapar de uma condenação.

— Recentes decisões do STF nos fazem questionar se teremos possiblidade de defesa para Bolsonaro ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão. Bolsonaro será julgado por aqueles que se vangloriaram pela derrota de Bolsonaro — afirmou.

Em referência a uma fala do ministro da Defesa de Lula, José Múcio, de que não houve uma tentativa de golpe no 8 de janeiro, Zucco pediu que o tema fosse tratado sem polarização política.

— Nunca houve ameaça de golpe. Precisamos conversar sem tentativa de golpe e sem polarização — disse Zucco.

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