"Perdeu, mané": resposta de Barroso a manifestante bolsonarista viraliza nas redes sociais
Episódio aconteceu nas ruas de Nova York quando o ministro se dirigia a uma conferência em hotel da cidade
Leia também
• Barroso é abordado por bolsonarista em Nova York
• Barroso determina que transporte público seja mantido em níveis normais no dia das eleições
• Barroso vota para rejeitar maioria dos questionamentos da reforma da Previdência de 2019
O ministro Luís Roberto Barroso, que está em Nova York, nos Estados Unidos, para uma conferência com outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), não aguentou o terceiro dia seguido de agressões verbais por parte de manifestantes bolsonaristas. Ontem (15), Barroso respondeu a hostilidades de manifestante com um “perdeu, mané, não amola!”. Um vídeo que mostra o momento da resposta do ministro terminou indo parar nas redes sociais e viralizou.
Tudo aconteceu quando Barroso entrava com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, maior alvo dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade americana, no Harvard Club, onde está sendo realizado o encontro do Lide, grupo empresarial fundado pelo ex-governador paulista João Dória.
Um manifestante chegou a gritar para os dois ministros que eles “precisam abrir o código-fonte”, das urnas eletrônicas. Ele se referia a uma das teorias propagadas por parte dos bolsonaristas, que consideram que as urnas eletrônicas são passíveis de fraude, e Bolsonaro não perdeu por 50,9% a 49,1% para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos segundo turno do pleito deste ano. A teoria não se sustenta, uma vez que as prórias Forças Armadas já atestaram a segurança das urnas eletrônicas.
O responsável pela veiculação do vídeo nas redes sociais foi Allan dos Santos, que é foragido da Justiça brasileira. Allan é investigado no inquérito das fake news coordenado por Moraes. O investigado está à frente dos atos na rua 44, onde fica o local do evento e também o Sofitel, hotel que hospeda seus convidados.
Desde o primeiro dia da conferência, manifestantes vêm ocupando a rua, sempre no momento em que os convidados começam a chegar. Na última segunda-feira (14), por exemplo, houve protestos mais inflamados e agressividade, xingamentos e hostilidades com quem entrava e saía do hotel.