PF afirma que Bolsonaro e Eduardo tentaram criar "entraves econômicos" ao Brasil
Investigadores dizem que deputado atuou junto ao governo dos EUA para impor sanções contra autoridades brasileiras e beneficiar o pai
A Polícia Federal afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuaram de forma articulada para pressionar o Supremo Tribunal Federal, por meio da tentativa de provocar prejuízos econômicos ao Brasil.
Em decisão assinada por Alexandre de Moraes, o ministro destaca que a PF identificou o “alinhamento das condutas delitivas” entre pai e filho, que estariam “buscando criar entraves econômicos nas relações comerciais entre os Estados Unidos da América e o Brasil, a fim de obstar o regular prosseguimento da Ação Penal nº 2.668”, que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a representação policial, Eduardo Bolsonaro tem atuado “ao longo dos últimos meses, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos da América, com intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado brasileiro”, incluindo ministros do STF, membros da PGR e da Polícia Federal.
Leia também
• Moraes vê atos de Bolsonaro como "confissão" de crimes e tentativa de submeter STF aos EUA
• Bolsonaro vai ser preso? Entenda o que diz a decisão do ministro Alexandre de Moraes
• Proibido de falar com o pai, Eduardo Bolsonaro diz que Moraes "dobrou aposta"
A PF ressalta que o deputado buscou impor essas sanções “sob o argumento de suposta perseguição política” e com o objetivo de “gerar instabilidade política e econômica”. Ainda de acordo com o documento, “o encerramento da mencionada ação penal beneficiaria diretamente seu genitor e financiador, JAIR MESSIAS BOLSONARO”.

