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ELEIÇÕES 2022

PF convida partidos para primeira reunião sobre planejamento da segurança dos presidenciáveis

Corporação desenvolveu metodologia para traçar os riscos de cada candidato

Sede da Policia Federal Sede da Policia Federal  - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Polícia Federal expediu ofícios nesta segunda-feira para convidar os presidentes de todos os partidos políticos para participar da primeira reunião sobre o planejamento da segurança dos candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano.

Esse evento deve ser realizado no dia 31 de maio. Apesar de o período de campanha só começar oficialmente em 16 de agosto, a PF já começou a traçar as estratégias para esse trabalho de segurança.

"Firme no propósito institucional de aperfeiçoar a sua forma de atuação e de mitigar os riscos para a segurança dos candidatos e de todos os envolvidos no processo democrático eleitoral, a Polícia Federal tem antecipado as suas ações visando a elaboração do planejamento operacional para as eleições presidenciais de 2022 e dos planos de ação de segurança pessoal dos candidatos", diz o ofício, assinado pelo delegado Marinho da Silva Rezende Júnior, diretor-executivo substituto.

A equipe da PF dedicada ao assunto desenvolveu uma metodologia, batizada de "matriz de proteção aos presidenciáveis", que estipula critérios para definir o tamanho do efetivo de segurança policial a ser destacado para cada um dos presidenciáveis. Além disso, a PF integrou os trabalhos das unidades de inteligência de todas as Superintendências para agilizar o fluxo de informações sobre possíveis riscos aos candidatos.

A depender do risco, as equipes destacadas para cada candidato serão maiores ou menores. Uma campanha com risco máximo deve contar com o apoio de aproximadamente 30 policiais federais. O efetivo total mobilizado para a proteção dos presidenciáveis é de aproximadamente 300 policiais, que estão passando por um treinamento específico sobre o tema e terão apoio de profissionais de outras áreas, como apoio logístico, inteligência, grupos táticos e outros.

Dois fatos ocorridos nas eleições de 2018 acenderam o alerta e justificaram a antecipação desse planejamento. O principal foi a facada desferida contra o então candidato Jair Bolsonaro durante um comício em Juiz de Fora (MG). Além disso, houve naquele ano o atentado a tiros a uma caravana da equipe de campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

A segurança do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha fica sob os cuidados do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão vinculado ao Palácio do Planalto, que pode solicitar o apoio da PF para os compromissos dos candidatos.

As demais campanhas podem, após a homologação das candidaturas dos presidenciáveis, solicitar o trabalho de segurança da Polícia Federal para o pleito. Na reunião, os representantes da PF devem explicar os trâmites para essa solicitação, apresentar o planejamento já feito e os equipamentos de segurança que serão utilizados.

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