PGR se posiciona contra pedido de liberdade de Braga Netto, preso há cinco meses no Rio
Ex-ministro está detido desde dezembro por suspeita de monitorar delação de Cid e de financiar militares; ele nega acusações
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-ministro Walter Braga Netto, que está detido desde dezembro.
Braga Netto está preso há cinco meses sob a suspeita de ter tentado descobrir informações do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e também por uma suposta ação para financiar militares que teriam atuado em um plano para sequestrar Moraes.
"No presente caso, a gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes a evidenciar a contemporaneidade e justificar a manutenção da custódia cautelar, nos termos da legislação processual penal e da jurisprudência da Suprema Corte", escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
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Para Gonet, "a restrição excepcional da liberdade de ir e vir do requerente ainda se revela necessária, adequada e proporcional e não pode ser eficazmente substituída por medidas cautelares alternativas neste momento".
Braga Netto virou réu após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por uma suposta tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma recebeu a denúncia contra ele no último dia 25 de março, no julgamento que incluiu também o ex-presidente Jair Bolsonaro.

