Sex, 05 de Dezembro

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Câmara dos Deputados

PL de Bolsonaro anuncia obstrução na Câmara após Motta adiar discussão do fim do foro privilegiado

Líder do partido afirma que desta vez não haverá invasão do plenário, mas uso de instrumentos previstos no regimento interno; líderes avaliam movimento como "balão de ensaio"

 Deputado Sóstenes Cavalcante e parlamentares de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados. Deputado Sóstenes Cavalcante e parlamentares de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados. - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que o partido retomará a obstrução das votações. A medida ocorre após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir adiar a discussão sobre o fim do foro privilegiado.

Diferentemente da semana passada, contudo, desta vez o plano dos deputados de oposição não inclui invasão ao plenário, mas usar instrumentos previstos no regimento interno para atrasar a análise de propostas.

— Nós entendemos isso (não pautar o foro privilegiado), mas não abriremos mão da nossa obstrução. Na quinta-feira, esperamos que venha a pauta e, na semana que vem, resolvemos isso — afirmou, em referência à votação da Proposta de Emenda à Constituição que trata do fim do foro.

Segundo integrantes do PL, a obstrução será mantida até que a proposta volte à pauta, conforme havia sido acordado com líderes da Casa.

Cavalcante afirmou ainda ter confiança que a inclusão ocorrerá na próxima quinta-feira, quando os líderes definem a pauta da semana seguinte.

O movimento de obstrução, contudo, não será igual o da semana passada, quando os parlamentares impediram fisicamente as votações, ocupando a Mesa da Câmara.

Desta vez, eles deixarão as sessões serem iniciadas e contribuirão para não ter quórum. A pauta desta semana, contudo, está esvaziada.

Diante da crise gerada pela oposição, Motta não incluiu outros projetos de relevância, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Questionado sobre isso, Sostenes minimizou:

— Nem o relator do projeto está confortável para votar.

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