Ter, 23 de Dezembro

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PRF diz que colabora com investigações da PF sobre interferência nas eleições

Corregedor da corporação acompanhou operação para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão

PRFPRF - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que acompanha a operação da Polícia Federal sobre investigações acerca da suposta interferência nas eleições. Na manhã desta quarta-feira (9), foram cumpridos um mandado de prisão contra o ex-diretor-geral Silvinei Vasques e outros dez de busca e apreensão contra dirigentes da corporação. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a PRF informou que o corregedor-geral Vinícius Behrmann acompanha a operação, na sede da PF em Brasília: “A PRF colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais.”

A corporação disse ainda que, paralelamente às investigações da PF, foram abertos três processos administrativos disciplinares no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. “Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor-geral da PRF”, disse a corporação.

De acordo com a PF, a operação Constituição Cidadã tem o objetivo de esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das Eleições Presidenciais de 2022. As investigações apontam que integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro do ano passado.

Segundo o inquérito, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.

A PF informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

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