Rogério Marinho: "Bolsonaro é um sentimento e ninguém mata uma ideia"
O ex-ministro e atual líder da oposição no Senado foi o entrevistado da semana no podcast "Direto de Brasília", apresentado pelo jornalista Magno Martins
Mesmo preso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser uma das vozes mais influentes da eleição do ano que vem. Esse é o pensamento do ex-ministro e atual líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Em entrevista ao podcast "Direto de Brasília", apresentado por este blogueiro, o liberal criticou a estratégia da esquerda de celebrar a prisão do ex-mandatário, afirmando que “ninguém mata uma ideia”.
“Bolsonaro está preso, é verdade. Injustamente, sendo perseguido e censurado. Mas o que eles (esquerda) não entenderam é que ninguém mata uma ideia, ninguém aprisiona um sentimento. É isso que Bolsonaro representa, cada vez mais forte. Desconheço pesquisa que mostre que partidos de centro estão melhor posicionados. Todas as pesquisas mostram que só tem dois partidos no Brasil, um é o Partido das Trevas, que é o PT, e o outro é o Partido da Luz, que é o PL. São os dois maiores partidos do Brasil, a anos-luz dos outros partidos. São duas visões diferentes do mundo e nós vamos ter a oportunidade novamente, a partir de 2026, colocar isso à prova. Não tenho dúvida nenhuma que vamos governar de novo o país”, afirmou Rogério Marinho.
O parlamentar, inclusive, defendeu o nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), lançado como pré-candidato à Presidência da República, apoiado pelo pai. “As pessoas estão entendendo que ele defende um legado, uma forma de se encarar o país, de se ter uma visão de mundo diferenciada. Ninguém melhor do que Flávio para defender o que foi construído pelo presidente Jair Messias Bolsonaro ao longo de quatro anos. Flávio é uma pessoa jovem, que tem espírito público, alguém inclusive até mais moderado do que o pai, e que tem toda a possibilidade e capacidade de fazer um grande governo, defendendo essa visão de mundo que une a todos nós, que é respeito à família, à propriedade, à vida e, sobretudo, a visão de um estado onde a proficiência, o equilíbrio e o mérito sejam levados em consideração”, destacou.
Rogério Marinho negou que a pré-candidatura de Flávio atrapalhe as pretensões da centro-direita, ao contrário do que vem sendo sugerido por atores e analistas políticos. “É importante que a discussão política seja absolutamente cristalina, aberta e franca. A direita tem candidato, que é o Flávio Bolsonaro, que representa a defesa desse legado. A centro-direita, todos sabem, é que normalmente dá governabilidade a quem ganha. Vários partidos estão hoje desembarcando do governo, mas fizeram parte desse governo, com ministros, com indicações, com cargos. Nós somos a direita que fez oposição a este governo. Bolsonaro é maior do que todos nós, foi ele quem deu essa palavra de ordem que uniu essas pessoas, que fez com que boa parte da população brasileira pudesse ter voz e representatividade. É evidente que o maior líder da direita brasileira é o presidente Bolsonaro. E na hora que ele aponta um caminho, não o faz de forma intempestiva. E as pesquisas publicadas após a apresentação de Flávio como candidato já demonstram sua viabilidade, consistência e o fato de que ele é um candidato viável, efetivo e que vai certamente dar muito trabalho àqueles que pensam de forma diferente, e em 2027 nós teremos um novo presidente da República que será Bolsonaro. Não Jair Messias, infelizmente, mas Flávio Bolsonaro”, completou.
Mesmo com a força alegada para seu campo político da direita, Marinho reconhece que nenhum presidente pode governar sem o chamado centrão. “Nesse momento não. Eles têm um número de deputados que é praticamente 60% dos representantes que temos hoje no Parlamento brasileiro, tanto na Câmara como no Senado. Então é evidente que a governabilidade determina que se procure representantes de partidos do centro ou da centro-direita, para que possam dar a condição de que as ações executivas tenham materialidade. O PT buscou a relação com o centro e com a centro-direita. Agora, cada vez mais há uma identificação do eleitor brasileiro com aqueles que representam a sua forma de visão de mundo, de país, de economia. Não é por acaso que todas as pesquisas de opinião mostram que PL e PT são os dois partidos que realmente têm ressonância e significado junto à sociedade. São os dois polos. O PL representa a direita com muita propriedade, já tem hoje quase 100 deputados federais entre os 513, e esperamos subir para 120 ou 150. Temos hoje 15 senadores, dos quais seis vão disputar a reeleição, e esperamos ter entre 25 e 30 senadores. E gradativamente esse tamanho partidário, com partidos que convergem conosco, vai nos dar o conforto para executar as políticas que serão implementadas em função do que for discutido durante o processo eleitoral”, avaliou o senador do PL.
Por fim, Rogério Marinho definiu Bolsonaro como “um sentimento”, que uniu a direita. “Foi ele quem deu voz aos humildes, anônimos, aos que não tinham como se expressar. E ele nomeou o senador Flávio Bolsonaro (PL) como aquele que vai falar em seu nome. A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro para nós é unificadora, é extremamente importante, é a defesa de um legado. E ele está fazendo isso com muita consistência, com muita vontade e muito espírito público. E vamos certamente fazer uma bela campanha em 2026, discutindo o que interessa para o Brasil”, concluiu Marinho.

