Sem querer apoiar Tarcísio, Bolsonaro testa Rogério em pesquisa
Levantamento da Paraná Pesquisas foi encomendado pelo PL e aponta o senador com 27 pontos percentuais atrás de Lula
Num levantamento do Paraná Pesquisas de ontem, encomendado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro da Integração Nacional, foi testado pela primeira vez na corrida presidencial entre tantos outros nomes a pedido do seu ex-chefe, que está inelegível e resiste em apoiar o nome mais forte dentre todos, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O senador potiguar apareceu mais de 27 pontos percentuais atrás de Lula, que lidera a pesquisa com 39%. O presidente foi seguido por Ciro Gomes, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado. Rogério Marinho ficou em quinto lugar nas intenções de voto. Depois, está Helder Barbalho, como último colocado. Além dele, foram testados Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, além dos nomes que constam em todos os levantamentos mensais do partido.
São, pela ordem, Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas. Com o Lula em baixa nas pesquisas, os filhos de Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo, tiveram seus nomes testados também no levantamento feito pela Paraná Pesquisas, instituto que presta serviços para o PL.
Tanto o senador quanto o deputado federal apareceram mais de dez pontos percentuais atrás do petista nas intenções de voto no primeiro turno. Já no segundo turno, a distância diminuiu, com Lula à frente numericamente, mas empatado tecnicamente com Flávio e Eduardo. Os dados foram colhidos entre os dias 18 e 22 de junho. Nos panoramas testados no primeiro turno, o único cenário em que Lula aparece em segundo lugar numericamente é contra Jair Bolsonaro, que está inelegível.
O levantamento mostra ambos empatados, de acordo com a margem de erro da pesquisa. Lula assume a liderança em números contra Michelle Bolsonaro. Os dois também estão empatados tecnicamente. Já na disputa contra Tarcísio de Freitas, Lula aparece dez pontos percentuais à frente do governador de São Paulo. Nos cenários de segunda turno, o petista aparece atrás de Bolsonaro, Michelle e Tarcísio em números, mas empatado tecnicamente com os três.
Ao lembrar o nome de Rogério Marinho, um dos ministros mais fiéis dele, o ex-presidente Bolsonaro dá uma demonstração de que perdeu completamente a confiança no governador Tarcísio de Freitas, como também não se entusiasma com as candidaturas alternativas do governador do Paraná, Ratinho Júnior, muito menos Ronaldo Caiado, governador de Goiás, com quem não se bica. Na condição de ministro da Integração, Marinho teve um desempenho acima da expectativa no Nordeste, especialmente na retomada do projeto da Transposição do São Francisco.

