Seg, 15 de Dezembro

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Crítica

Temer diz que cancelamento de vistos de ministros do STF é "injustificável"

Ex-presidente comentou em vídeo a crise provocada pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos

Ex-presidente Michel Temer fez vídeo criticando o cancelamento dos vistos dos ministros do STFEx-presidente Michel Temer fez vídeo criticando o cancelamento dos vistos dos ministros do STF - Foto: Beto Barata/PR

O ex-presidente Michel Temer divulgou nesta quarta-feira um vídeo em que critica o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte dos Estados Unidos e diz que a crise provocada pela tarifaço deve ser resolvida com diálogo “sem bravatas”.

— Na turbulência, mais do que nunca, é que devemos buscar entendimento, construir consenso, buscar convergências, buscar união, respirar respeito. É isso que mantém a democracia viva e o país soberano. E tudo isso deve começar dentro de casa, para depois atravessar fronteiras — afirma Temer.

Na sequência, o ex-presidente acrescenta:

— Digo isso profundamente entristecido com a taxação despropositada imposta aos nossos produtos e pela lamentável eliminação de vistos dos ministros da Suprema Corte, o que é injustificável e inadmissível. São inadequações que não se resolvem, contudo, com bravatas, com ameaças, com retruques, com agressões. Resolve-se pelo diálogo que se faz entre nações, especialmente nações parceiras.

Nem o ex-presidente Jair Bolsonaro nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados na mensagem de Temer. Para o ex-presidente, as conversas devem se dar entre os chefes de governo.

— E o diálogo se faz pelos mais variados meios, pela diplomacia tradicional, pelo contato dos Legislativos e, naturalmente, pela interlocução entre os chefes dos respectivos governos. É difícil? Claro que pode ser, mas não pode deixar de ser tentado. Vivemos um momento em que a ação responsável e a experiência não podem ser esquecidas, devem ser praticadas em momentos sombrios, sejamos sóbrios. O bom senso e o cálculo estratégico devem prevalecer sem jamais partir para um confronto que transforme a situação em uma espécie de briga de rua. E brasileiros contra brasileiros. De país contra país.

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