Conheça a preguiça-de-garganta-marrom, uma das espécies de vida livre do Parque Dois Irmãos
Esse animal é conhecido pelo jeito lento, quase pausado, de agir. Passa a maior parte do tempo parado, ou se mexendo vagarosamente, nos galhos das árvores do parque
O Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI) abriga diversas espécies da fauna e flora em um dos principais trechos de Mata Atlântica em Pernambuco. É moradia tanto para animais criados e acompanhados nos recintos quanto para os que vivem livremente nos mais de 1158 hectares do parque. Entre os que vivem soltos, uma espécie em específico tem bastante destaque: a preguiça-de-garganta-marrom (Bradypus variegatus).
Esse animal é conhecido pelo jeito lento, quase pausado, de agir. Passa a maior parte do tempo parado, ou se mexendo vagarosamente, nos galhos das árvores do parque. É encontrado em diversas regiões espalhadas pela América do Sul, especialmente nas florestas tropicais úmidas.
As suas principais características são pelagem marrom acinzentada, pêlos mais longos nas patas e nas costas e curtos na altura dos olhos, além de manchas marrons no pescoço (de onde vem um dos seus nomes). Possui três dedos e três garras nos membros pélvicos e torácicos.
Escreva a legenda aquiAs preguiças macho e fêmea se encontram uma vez por ano através do cheiro e das vocalizações. Após a copulação, a fêmea passa por uma gravidez de aproximadamente seis meses, gerando um filhote por vez e convivendo com ele por um período que varia entre os seis e os nove meses de idade.
De acordo com a bióloga e gerente técnica do Parque Dois Irmãos, Fernanda Justino, não há uma exatidão acerca dos hábitos dessa espécie. “Não existe um melhor horário em que eles estão em atividade. Tem muito bicho-preguiça se movimentando à noite e também durante o dia. Nesse quesito, podemos dizer que a espécie possui hábitos diurnos ou noturnos”, explicou.
Tem uma dieta completamente herbívora, se alimentando de folhas, brotos e ramos, com preferências pela embaúba, árvore alta e com troncos ocos que é conhecida, inclusive, como “árvore da preguiça”.
Ainda segundo Fernanda, esses animais podem dormir até 12 horas por dia, devido, principalmente, ao seu metabolismo lento. “Ela não é preguiçosa, ela só tem o metabolismo lento. O nome dela é bicho-preguiça, não ‘preguiça’. Não é correto a gente falar apenas ‘preguiça’ porque soa pejorativo”, comentou.
Ela ainda enfatizou a alta capacidade das preguiças-de-garganta-marrom na natação, além de serem parentes próximos dos tamanduás e dos tatus.

