Seg, 22 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
CANAL SAÚDE

Conheça os tratamentos cirúrgicos da dor crônica que não responde a métodos convencionais

O neurocirurgião, João Gabriel Ribeiro Gomes foi entrevistado no Canal Saúde desta quarta (14)

Foto: Pexels

Pessoas que sofrem de dores crônicas, que limitam as atividades do dia a dia, sua qualidade de vida, trabalho, e que não apresentam melhora com outros tratamentos disponíveis, podem ser beneficiadas com o tratamento neurocirúrgico da dor. A dor crônica acontece em qualquer parte do corpo, como por exemplo, a cabeça e a coluna, que são os principais locais das dores.Os médicos dão o diagnóstico que o paciente tem a dor crônica, quando a mesma persiste acima de três meses. Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista conversou, nesta quarta-feira (14), com o neurocirurgião João Gabriel Ribeiro Gomes, no Canal Saúde, da Rádio Folha FM 96,7, também transmitido pelo Youtube da Folha de Pernambuco. 

WhatsApp Image 2022 12 12 at 21.27.54Neurocirurgião  JoãoGabriel Ribeiro Gomes. Foto: Divulgação.

Durante a entrevista, o neurocirurgião disse que existe um tratamento mais leve, com uso de remédios, outro tratamento mais invasivo que é dividido em três tipos.

“O primeiro é a ‘neuromodulação’, que é colocar um eletrodo que trabalha em conjunto com um marcapasso e fica dando choques em uma determinada região do corpo, removendo assim a dor. A segunda opção de tratamento é chamada de ‘aplativo’, nesse procedimento é danificada uma área específica. A terceira opção é a implantação de uma bomba que vai ficar entregando medicação em tempo contínuo”, disse.

Segundo o médico, os tratamentos não necessariamente durante toda a vida.

“Enquanto o paciente tiver bons resultados a gente deixa aquilo, não existe prazo de validade. Alguns destes materiais tem uma bateria que descarrega ao longo do tempo. Estando tudo bem, o paciente dando uma boa resposta trocamos a bateria. Só é recomendado retirar se houver complicações”, comentou. 

O médico afirmou que 20% das dores agudas evoluem para dores crônicas, e 20% dos pacientes com dores agudas precisarão passar por procedimentos para tratar essa dor. Ele continuou explicando que a intensidade das dores são variáveis e depende de pessoa para pessoa. 

“Tem pacientes que têm dores de cabeça muito fortes. Quanto mais forte é a dor, mais agressiva a gente é naquele tratamento. Obviamente um paciente que tem uma dor leve, super tolerável, praticamente não precisa tomar remédio”, explicou o médico. 

Segundo Dr. João Gabriel para realizar o diagnóstico ele depende do relato do paciente. Ele explicou que não existe um equipamento, ou exame que possa comprovar que o paciente tenha dor crônica, por este motivo, depende do relato do paciente. 
 

“Aquelas pessoas que não conseguem me dizer : ‘Olha estou com dor na cabeça’. Para essas pessoas existem escalas que a gente aplica para avaliar a dor de uma forma indireta. Por exemplo, aquelas crianças que são muito irritadas, um bebê que chora muito, leva muito a mão à cabeça, vez ou outra tem vômito. Nesse caso juntamos o relato da família com o comportamento da criança”, disse.

Você acessa a entrevista na íntegra clicando no player abaixo ou no seu agregador de podcast preferido.
 

Veja também

Newsletter