Política Nacional de Cuidados Paliativos: qual a importância?
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 625 mil pessoas necessitem de cuidados paliativos no País
A Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) foi publicada recentemente pelo Ministério da Saúde, e tem o objetivo de ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à Atenção Especializada em Saúde (AES), de pacientes e famílias que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam à vida. A publicação, é vista como um grande passo para os médicos paliativistas e traz benefícios importantes aos pacientes, como o acesso a medicamentos.
De acordo com Ministério da Saúde, estima-se que em todo o país cerca de 625 mil pessoas necessitem de cuidados paliativos, ou seja, atenção em saúde que permita melhorar a qualidade de vida daqueles que enfrentam doenças graves, crônicas ou em estágio final.
A Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) é fruto da mobilização popular e de especialistas. Ela chega para aprimorar serviços já ofertados no SUS em hospitais gerais e especializados, centros de atenção oncológica e outros.
Para falar com mais detalhes sobre a PNCP, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou com a médica geriatra, Alexsandra Siqueira Campos que falou sobre os cuidados paliativos e a importância desta política.

“O cuidado paliativo parece ser uma coisa nova, mas ela já existe da forma que é com seus conceitos desde a década de 50, mas primeiras iniciativas em Cuidado Paliativo no Brasil começaram a partir da década de 90, e hoje a gente tem avançado em número de pessoas interessadas e inúmeras pessoas que buscam a formação, pois a gente ainda tem um cuidado paliativo muito centralizado nas regiões sul e sudeste. Essa política vem universalizar os cuidados paliativos no âmbito do SUS, por isso ela é importantíssima”
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A especialista deu mais detalhes sobre os tratamentos paliativos
“As pessoas entendem o cuidado paliativos como só cuidados com paciente que tá morrendo, e não só sobre isso que a gente fala é também sobre aliviar sofrimentos que nem sempre são sofrimentos físicos, muitas vezes são emocionais, sociais e familiares de um paciente que vive com uma doença muito grave. O cuidado paliativo vem para buscar o melhor tratamento para que ele viva da melhor forma possível. Dores, falta de ar são muito comuns nesses pacientes e é necessária uma expertise muito grande. Agora com a PNCP podemos garantir a formação, porque o cuidado paliativo não existe nos cursos de medicina e outras graduações da saúde, então os profissionais saem sem nenhuma formação”