Pré-eclâmpsia e os cuidados com a saúde materna
Doença é responsável por 25% das mortes maternas na América Latina e aparece entre 5 e 7% das grávidas brasileiras
A mortalidade materna é uma tragédia evitável em 92% dos casos e acontece principalmente nos países em desenvolvimento. Os cuidados com a saúde de gestantes e puérperas podem evitar as mortes, inclusive as causadas pela pré-eclâmpsia, que é a causa de 25% das mortes de mães na América Latina e aparece entre 5 e 7% das grávidas brasileiras. Para falar sobre o assunto, a âncora da Rádio Folha 96,7 FM, Patrícia Breda, conversou, no Canal Saúde desta quinta-feira (8), com a tocoginecologista, Brena Melo, que iniciou a entrevista explicando o termo “tocoginecologista”.
“‘Toco’ diz respeito ao parto e ginecologista é a parte de saúde da mulher, não necessariamente do período gestacional. Quando a gente se forma como médica, vamos para uma especialização onde lidamos com saúde da mulher, que envolve a parte de tocurgia, de assistência ao parto, e a parte de saúde da mulher fora do ciclo gravídico puerperal (gravidez), mas quando se junta as duas coisas, o nome fica ‘tocoginecologista”, disse a médica.
Tocoginecologista Brena Melo
Brena Melo também definiu, durante a conversa, o que é a pré-eclâmpsia.
“É o aumento da pressão de alguém que não tinha pressão alta, e surge a hipertensão após a 20ª semana, ou seja, quando está começando a segunda metade da gravidez. Se tiver proteinúria associada, a gente chama de pré-eclâmpsia, se for sem proteinúria, chamamos de hipertensão gestacional e tem que ficar controlando”, afirmou.
A tocoginecologista fez, ainda, uma contextualização sobre o tema.
“Infelizmente, o que a gente mais vê no Brasil é um não diagnóstico prévio das pacientes hipertensas. Com essa epidemia do aumento de sobrepeso, obesidade e sedentarismo, o que temos visto é um aumento importante do número de mulheres hipertensas, que não têm ciência que são hipertensas. Essa é uma grande luta da gente que lida com a situação da saúde da mulher”, declarou.
Você acessa a entrevista na íntegra através do player abaixo.

