Saiba o que são cuidados paliativos, quem precisa dele e como devem ser feitos
A médica geriatra e paliativista, Rafaella Italiano foi entrevistada no Canal Saúde desta segunda (12)
O ex-jogador e camisa dez da seleção brasileira Pelé, que completou 82 anos no último dia 23 de outubro, está internado, e segundo últimas notícias ele não estaria respondendo mais a quimioterapia e se encontra em cuidados paliativos.
Mas você já ouviu falar em “cuidados paliativos”? O principal objetivo dos cuidados paliativos é cuidar do indivíduo que é portador de uma doença grave, progressiva e incurável. Uma das doenças mais conhecidas da população é o câncer, em uma fase avançada.
Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista, conversou com a médica geriatra e paliativista, Rafaella Italiano, nesta segunda (12), na Rádio Folha FM 96,7, transmitida também pelo Youtube da Folha de Pernambuco.
Segundo a médica, quando se fala em cuidados paliativos, o trabalho é realizado em equipe. O médico que vai cuidar daquela doença especificamente prescrevendo quimioterapia, no caso do câncer; fazendo tratamentos para cardiopatia, no caso de problemas no coração; ele vai trabalhar também pensando de forma paliativa de como ajudar esse paciente e sua família a se sentir melhor mesmo sendo portador de uma doença grave.
Ou seja, é um trabalho em equipe pensando nos tratamentos usuais e na melhor qualidade de vida daquela pessoa.
Dra. Rafaella Italiano, médica geriatra. Foto: Divulgação“Um exemplo do meu dia-a-dia, quando uma equipe me pede um parecer médico, para que veja a situação de um paciente, não necessariamente será um parecer de uma pessoa que está falecendo naquele momento”, explicou Rafaella que contou, durante a entrevista, a uma experiência que teve com uma paciente que tinha câncer de mama, e já estava com a doença metastática (incurável), mas que ainda tinha muitos anos de vida pela frente, pois ela ainda iria passar por vários tratamentos.
“Aquela mulher se encontrava com um sofrimento psicológico muito intenso, com depressão não tratada e, com ansiedade. Ela sentia dores não só do câncer, mas também do próprio tratamento quimioterápicos. Aí a equipe de cuidados paliativos vai lá para tratar o sofrimento, trocando os medicamentos para um controle melhor de dor, com acompanhamento psicológico. A assistente social também entra para garantir benefícios, como a aposentadoria. Tentando assim dar um pouco de qualidade de vida”, detalhou a médica.
Você acessa a entrevista na íntegra clicando no player abaixo ou no seu agregador de podcast preferido.

