Segundo a OMS, 4,7% dos brsileiros sofre de compulsão alimentar
Especialista explica que a compulsão alimentar é influenciada por fatores emocionais, culturais e pela pressão estética
Comer é um momento prazeroso, além de proporcionar saciedade, o que é importante para a sobrevivência humana. Mas vale alertar para os excessos e para o que pode ser patológico, numa sociedade em que a obesidade tem índices pandêmicos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem de compulsão alimentar. Esse distúrbio é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos em um curto período, sem que haja fome ou necessidade física evidente.
Nesta quinta-feira (24), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou no Canal Saúde com o psiquiatra Fernando Tavares. Ele falou sobre a compulsão alimentar.
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Para iniciar a conversa, o psiquiatra Fernando Tavares explicou de onde vem a compulsão alimentar
"A compulsão alimentar está ligada ao transtorno do apetite, que pode ser a bulimia, que é um excesso de de apetite, um excesso de vontade de comer."
Psiquiatra e psicólogo clínico Fernando Tavares/Foto: Divulgação
Fernando Tavares também explicou que a compulsão alimentar está relacionado com o equilíbrio emocional
"Então, se a pessoa está insatisfeita com algum conflito, vai desequilibrar a saúde mental e vai apresentar esse desequilíbrio através de vários sintomas. Os principais sinais e sintomas estão ligados à fome e ao sono."
O psiquiatra afirmou que existe uma relação entre padrão de beleza com a compulsão alimentar
"O indivíduo, entre aspas, com uma série de dificuldades emocionais, pode se deixar levar por essa questão cultural e acabar sofrendo em função do preconceito relacionado à obesidade ou à magreza excessiva — ou seja, ao padrão corporal que a cultura elege como ideal."
O Dr. Fernando Tavares ainda deixou um recado
"Existem formas de ajuda para esse tipo de transtorno — tanto farmacológicas, com uso de medicação, quanto psicoterapêuticas, que envolvem o acompanhamento psicológico e são as mais importantes. É fundamental que o indivíduo entenda que, atualmente, reconhece-se que ele não tem culpa por apresentar esse tipo de comportamento. Tudo tem uma causa."

