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Setembro Verde e a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista

Em entrevista à Rádio Folha, psicopedagoga alerta para a urgência de políticas públicas e apoio real às famílias de pessoas com TEA

Foto: Canva

A campanha Setembro Verde busca promover a conscientização sobre os direitos e desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, que inclui física e intelectual.

 

Nesse contexto, os portadores de TEA estão inclusos e merecem toda atenção e respeito.

 

Nesta quinta-feira (28), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com a psicopedagoga e Analista do Comportamento, Cinthia Cardoso, da Clínica Nuno Desenvolvimento. Ela falou sobre a inclusão de autistas.

 


Acompanhe a entrevista através dos players abaixo

 

 

 

Cíntia Cardoso iniciou a conversa destacando a importância de ações concretas de inclusão

 

"A gente precisa sair das posturas inclusivas e materializar de forma bem concreta a acessibilidade e a inclusão dessas pessoas na sociedade. A sociedade como um todo não pode permitir o isolamento dessas pessoas."

 

WhatsApp Image 2025 08 28 at 09.32.24Psicopedagoga e Analista do Comportamento, Cinthia Cardoso/Foto: Divulgação

 

A especialista também abordou a função dos cordões de identificação e seus desafios na inclusão

 

"É interessante ter essa visibilidade para que diante de alguém que não saiba, esteja diante de um comportamento atípico, entender que aquela pessoa ela tá dentro de uma condição que pode ter uma medida não esperada."

 

Cíntia Cardoso enfatizou a necessidade de profissionais devidamente capacitados para o tratamento 

 

"As famílias não se deixem levar de que os seus filhos ou entes queridos sejam atendidos por amadores. Tem que se fazer de forma muito consistente a exigência de que o tratamento seja feito da forma correta por profissionais qualificados."

 

Sobre o suporte às famílias e cuidadores, Cíntia Cardoso ressaltou que esses também precisam de cuidado 

 

"Com certeza essa família precisa de um suporte psicológico para conviver com tamanho desafio. O cuidador, ele precisa ser cuidado. Você entrega uma pessoa que está sob cuidados para alguém que também não é cuidado, é chovendo molhado, enxuga gelo."

 

Por fim, a psicopedagoga chamou a atenção para a difícil realidade das mães de baixa renda que cuidam de filhos com TEA

 

"Ela não tem. Ela tem que ser uma heroína, Mulher Maravilha, porque ela não tem.Eu sugiro que os governantes olhem com mais carinho para essas mães que dedicam a vida, não são horas, não, dedicam a vida para que seus filhos tenham educação e desenvolvimento em nível de tratamento multidisciplinar."

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