Tragédia vivida pelos recifenses em 1975 é tema de romance
Altemar Pontes estreia como romancista com livro que aborda o boato do estouro da barragem de Tapacurá
Após 50 anos do boato que assombrou a cidade do Recife, Altemar Pontes lança “1975: Recife afundou em silêncio, mas uma casa ficou de pé.” O autor é analista de sistemas, escritor, nascido em Goiana, Zona da Mata pernambucana. Autor premiado de crônicas e contos, ele passou dois anos ouvindo relatos sobre o estouro da barragem de Tapacurá e resolveu escrever seu primeiro romance que teve lançamento no Museu do Estado de Pernambuco, na quinta-feira (17).
Altemar participou da programação da Rádio Folha 96,7 FM nesta quarta-feira (23) e detalhou para Patrícia Breda como surgiu a ideia de escrever o romance.
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“Em 1975 eu era muito criança para saber do ocorrido. Já adulto, conversando com amigos foi que ouvi falar sobre o ‘estouro da barragem de Tapacurá’ e do pânico que tomou conta da população do Recife, já traumatizada com a forte enchente que alagou a cidade, deixou bairros submersos, decorrente da força das chuvas, uma das mais intensas da história da cidade, que durante três dias caía sem tréguas. Foi quando entendi, como o boato tomou conta da cidade que tentava se reerguer. No dia 21 de julho, a ‘notícia’ do estouro da barragem deixou todos em pânico,” detalha Altemar Pontes.
Recolhendo depoimentos de quem viveu o episódio e percorrendo as manchetes dos jornais, disponíveis no Arquivo Público, Altemar, durante dois anos, foi montando a história de uma família matriarcal, liderada por Dona Odete, que abandonada pelo marido, com cinco filhos, vive todo o terror de ver sua casa alagada, e o pânico do estouro da barragem.
A casa, a que se refere o título do livro é a própria Odete, que com a força de suas mãos sustenta a família como lavadeira.
“ Ela é a casa. É chão, parede e teto,” afirma Altemar.
O livro está disponível em formato ebook e pode ser adquirido através da Amazon.

