Conheça as funções secundárias dos alimentos
Frutas e verduras podem potencializar a absorção de nutrientes
Nutrientes poderosos na composição de frutas e verduras permitem que eles sejam um alimento múltiplo, capaz de agregar funções até então desconhecidas pela massa consumidora. Tudo bem que algumas crenças populares se concretizam ao falar de indutores do sono, de rejuvenescedores da pele e até de ativadores da sensação de prazer e bem-estar. Mas essa lista, aliás, é bem mais ampla e complexa do que se imagina, originando benefícios ainda mais funcionais ao organismo.
Antes de observar alguns exemplos práticos, vale entender que esse tipo de cardápio reúne vitaminas e sais minerais essenciais para diferentes atividades do corpo. Todos esses produtos, por assim dizer, são dotados de propriedades medicinais, que podem desintoxicar, ativar funções gástricas ou revelar ações adstringentes, quando utilizados da maneira correta.
Entre eles, o famoso licopeno, uma substância que dá a cor vermelha ao tomate, é responsável pela saúde da próstata, do fígado, da pele e dos pulmões. “Mas a melhor forma de absorção pelo corpo é o consumo pela preparação cozida, como o próprio molho de tomate preparado em casa ou no forno com queijo para gratinar”, explica a nutricionista Helen Lima.
Ainda em relação ao licopeno, a utilização do azeite nessa combinação também favorece no seu processo correto de absorção. “Então combiná-lo com o tomate aquecido em uma produção quente, como o risoto, garante benefícios”, completa a especialista. Aliás, esse é um tipo de gordura importante para a absorção das vitaminas chamadas lipossolúveis: A, D, K e E. Sendo assim, profissionais de saúde lembram que é importante contemplar alguma fonte de gordura boa na maioria das refeições.
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No quesito ação combinada, comer frutas ricas em vitamina C, como laranja, kiwi e acerola, juntamente com os alimentos ricos em ferro, ajudam na absorção deste último. Por outro lado, tomar leite e derivados durante as refeições principais diminui o aproveitamento do ferro.
“Também vale lembrar da necessidade de um tratamento correto para que você consiga absorver os nutrientes do alimento, mesmo sem um componente conjunto, a exemplo do cozimento”, diz a nutricionista. Ainda assim, é preciso pensar no fator anti-nutricional que alguns itens podem ter e, com o cozimento, são desativados. “Por exemplo, a digestibilidade das carnes, que vai ser melhorada com o cozimento, promovendo uma certa degradação das fibras, que facilita a digestão. E outro aspecto é com relação ao ovo, quando ele está cru você só aproveita 50% dos nutrientes, quando cozido, 90%”, conclui a especialista.

