Entenda o conceito de vida saudável que engloba o bem-estar da mente
Profissionais de saúde orientam a melhor forma de equilibrar corpo e mente
Leia também
• Nutrição aliada do crescimento: a formação de um hábito alimentar saudável começa cedo
• Nutrição: mandioca é saúde no prato do dia a dia
• Alimentação ruim e obesidade, as duas faces da má nutrição
No mês em que se comemora o Dia Nacional da Saúde, registrado no último dia 5, o contexto da vida saudável se mostra mais ativo do que nunca. Há tempos, essa preocupação deixou de ser um alerta meramente orgânico para alcançar equilíbrio entre corpo e mente. Para se ter uma ideia, 90% das pessoas ouvidas na pesquisa da empresa de monitoramento Hibou querem fazer mais pela saúde mental ao longo dos próximos meses.
Tal porcentagem comprova os efeitos sofridos há mais de um ano pela pandemia. Não foi e nem continua sendo fácil para muita gente, mesmo com alguns pontos de flexibilização no caminho. Cenário em que médicos e nutricionistas chamam atenção para o verdadeiro sentido da palavra saúde nos dias de hoje. “Incorpora muitas dimensões diferentes e elas devem funcionar em harmonia”, adianta a nutricionista Luciana Leocádio.
É ela: a boa alimentação!
“Comer alimentos integrais maximiza a nossa saúde. Vegetais, frutas, legumes, grãos integrais, carnes magras fornecem nutrientes essenciais e antioxidantes, todos necessários para o funcionamento ideal do corpo e do cérebro. Além de escolher os alimentos certos, uma dieta saudável também tem a ver com equilíbrio. Beber álcool com moderação pode nos relaxar e nos ajudar a socializar. Em excesso, porém, pode ser prejudicial”, completa Luciana.
O botão de alerta para a diminuição de itens industrializados já soou há um tempo. Tanto que, segundo a empresa de pesquisa Euromonitor, o Brasil ocupa hoje a quarta colocação mundial no ranking de vendas de alimentos e bebidas saudáveis. Por aqui, 22% da população opta por comprar alimentos naturais e sem conservantes, e para 28% dos brasileiros consumir itens nutricionalmente ricos é, de fato, um ato importante.
O exercício tem efeitos mensuráveis no bem-estar. A atividade física regular pode ter um impacto profundamente positivo no estresse, depressão e ansiedade. Nossos corpos são projetados para se mover e permanecer ativo. “Evidências crescentes mostram como o corpo e a mente estão conectados, portanto, quanto mais fizermos para melhorar nossa saúde física, melhor também será nossa saúde mental”, destaca a especialista.
Atitudes que ajudam
O sono é tão importante para a saúde quanto a atividade física regular. Ele permite que o corpo descanse, digira os alimentos e se restaure. “Bons hábitos de sono, como ter um horário regular para dormir e reduzir o tempo de tela antes de dormir dão tempo de recuperação para o corpo e a mente. Sair de ambientes artificiais e passar um tempo em um espaço verde, como um parque ou à beira do mar, desestressa e nos conecta com o mundo real”, reforça a nutricionista.
Praticar o chamado ‘mindful eating’ também pode ajudar. O termo em inglês sugere a concentração total ao momento da alimentação, seja um lanche, almoço ou jantar. “É uma experiência para engajar corpo e mente. Se a pessoa mastiga muito rápido, ela precisará se concentrar melhor nesse simples ato de comer”, explica a nutricionista esportiva Laura Siqueira, defendendo que não se trata de uma dieta restritiva - termo, aliás, cada vez mais distante da verdadeira vida saudável.