Novidade: paleo e vegan numa dieta só
Frutas, legumes e vegetais são os três grupos permitidos na alimentação pegan
O nome pode até soar estranho para você, mas a chamada dieta pegan já começa a fazer parte da rotina alimentar de muita gente neste começo de ano. Ela se refere a uma orientação recente, que ganhou força de três anos para cá, por unir as regras da dieta paleolítica com a filosofia vegana. Leia-se a prática de duas restrições importantes à mesa, que devem ser acompanhadas de perto por profissionais de saúde.
Para entender como essa ideia funciona, é precisa lembrar a origem da prática paleolítica, já mais antiga, também conhecida como alimentação das cavernas. Ela se baseia no cardápio preenchido por aquilo que nossos ancestrais comiam, como frutas, verduras e proteínas de peixe e ovo. Já o veganismo exclui totalmente os produtos de origem animal para focar naqueles à base de cereais, grãos e vegetais, por exemplo. Na hora de juntar essas duas situações, surge o que o médico norte-americano Mark Hyman, autor de várias publicações na área, batizou de dieta pegan, um conceito que, segundo ele, prevê sustentabilidade, saúde e desintoxicação do organismo, se feita com planejamento.
“Os resultados surgem porque, de um modo geral, ela prioriza frutas secas e sementes, evitando as massas e produtos industrializados”, resume a nutricionista Daniela Lima ao se referir à perda de peso notável por quem exclui algumas opções à base de açúcar no cardápio, por exemplo. No entanto, ela lembra que o cuidado recai sobre a complementação proteica. “Por isso, não se deve começar a de qualquer jeito. Precisa ser observado. É uma atenção como nas pessoas que seguem a dieta vegana e que a quantidade de alimentos proteicos é reduzida, dando ênfase a leguminosas como grão de bico, feijão e ervilha, bem como a soja”, completa a especialista. A cautela nessa rotina é diferente a quem se submete à regra do paleolítico, que permite a ingestão de carne branca, através dos frutos do mar, mas que na nova modalidade passa a ser excluída.
É permitido
Os textos que defendem a dieta pegan falam em uma alimentação mais natural e longe de itens processados ou carboidratos simples. A lógica, de acordo com especialistas, é que nas frutas há nutrientes como as vitaminas A, C, do complexo B, além de fibras e minerais. Já quando o prato é abastecido por vegetais diversos e coloridos, o fornecimento é essencialmente de cálcio, potássio, fósforo e magnésio e, nos caso de brócolis, couve e espinafre, o aporte é proteico. Vale também para sementes e raízes, como fontes de vitaminas, triptofano e magnésio.

