Sáb, 20 de Dezembro

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Sabores

O mistério do chocolate belga da cor rosa

Sem corantes, guloseima provoca curiosidade

Guloseima é criação inédita no mercado de confeitariaGuloseima é criação inédita no mercado de confeitaria - Foto: Reprodução Facebook Berry Callebaut

Quem disse que a paleta cromática do chocolate se restringe ao preto, marrom e ao branco? E não estou falando da adição de corantes ao doce branco para sair do lugar comum. A tradicionalíssima marca belga, Barry Callebaut - já bem conhecida entre os confeiteiros brasileiros -, virou o centro das atenções nos últimos meses.

A empresa líder mundial em processamento de cacau criou o chocolate naturalmente rosa. Isso mesmo. O doce não recebe nenhum tipo de corante ou aditivo de cor ou sabor para ganhar o tom. Mas pouquíssimas pessoas conhecem o modo de produção do produto, guardado como um verdadeiro tesouro.

Só se sabe que a descoberta do novo chocolate aconteceu enquanto um dos especialistas da Callebaut trabalhava em seu laboratório em Louveers (no Eure). "Quando uma de suas experiências sofreu uma reviravolta inesperada", comenta Bas Smit, um dos diretores de marketing da grife, sem dar mais nenhuma pista.

A empresa revela também que antes de chegar ao produto final, o chocolate de cor rosa, se passaram 13 anos de pesquisas do grão de cacau Ruby, e tanto o laboratório da Bélgica quanto o da França participaram do desenvolvimento. Chamado "Rubis", em referência à variedade de cacau, este novo chocolate deve se enquadrar em uma quarta categoria, ao lado do chocolate preto, ao leite e branco.

A novidade não somente provoca a curiosidade do consumidor da guloseima, como também o possível interesse em reproduzir o produto por parte dos concorrentes. Quanto a isso, a Callebaut preferiu patentear apenas uma etapa do processo de fabricação, em vez de sua totalidade, para que não caia nas mãos de seus concorrentes assim que a patente expirar.

"Quando você patenteia um processo inteiro, você está protegido apenas por um número limitado de anos", explica Smit."Mas este processo é tão complexo que acreditamos que nossos concorrentes não serão capazes de descobri-lo", conclui.

O "Rubis" foi testado por consumidores Japão, onde os amantes do chocolate estão abertos a novos sabores, na China, onde o chocolate ainda é um produto novo, mas com grande potencial, no Reino Unido, onde os consumidores gostam muito da inovação, e nos Estados Unidos, o maior mercado de chocolate do mundo, mas onde o consumo está em declínio.

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