Sáb, 06 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Blog da Folha

Comissões permanentes da Alepe perto da definição

Eleição para as 17 comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco pode ocorrer antes do Carnaval

Plenário da AlepePlenário da Alepe - Breno Laprovitera/Alepe/Divulgação

As decisões sobre a eleição das comissões parlamentares permanentes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) podem ocorrer ainda antes do Carnaval. Para não atrasar o processo, o líder do governo na Alepe, Izaías Régis (PSDB), vai se reunir, hoje às 10h, com parlamentares que estejam interessados em compor a bancada do governo.

A ideia Régis é saber quem está na base do governo, na oposição e como independente para montar as comissões. Um dos entraves tem sido a indefinição do líder para a bancada independente. Já liderança da oposição deverá ficar com Dani Portela (PSOL).

A bancada independente, uma das novidades desta 20ª legislatura da Alepe, nasce a partir de uma mudança no regimento interno da casa. O nome é autoexplicativo: bancada independente é a representação dos blocos parlamentares ou dos partidos que não se alinhem politicamente à oposição e ao governo, mas na prática as coisas não parecem tão simples.

Para Dani Portela, que está no páreo pela disputada da presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, a independente é uma bancada ampla, pois abriga setores de direita e de esquerda, como o PT e o PL, por exemplo. “Olha só o desafio de organizar essa bancada. A gente ainda não compreendeu se essa bancada vai precisar ter um líder só ou se vai ter líderes de blocos diferentes na mesma bancada”, disse a deputada numa entrevista à Rádio Folha FM.

“Antes, os critérios se davam respeitando a proporcionalidade da bancada do governo e da oposição. A indefinição de deputados e do líder que vão compor a bancada independente é uma das coisas que têm atrapalhado o processo”, disse uma fonte da Alepe que não quis se identificar.

A Casa José Mariano conta hoje com 17 comissões permanentes e entre as mais relevantes estão as de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; e Administração Pública. De acordo com o regimento da casa legislativa, o mandato dos membros das comissões parlamentares permanentes tem a duração de duas Sessões Legislativas Ordinárias (dois anos).

Na primeira Reunião Plenária Ordinária, na última quinta-feira (9), Izaías Régis pediu, entre outras coisas, que a bancada independente defina sua liderança. “Temos uma bancada independente, mas quem é o líder? Precisamos saber, para construir uma harmonia diante de pensamentos diferentes”, afirmou.

Candidatos
Nos corredores da Alepe, comenta-se, por exemplo, que Antônio Moraes (PP) e Waldemar Borges (PSB) estariam de olho na Comissão de Constituição Legislação e Justiça, a qual inclusive já havia sido presidida por este último na legislatura anterior. A volta de Borges não seria interessante para o governo, uma vez que o deputado integra a oposição.

As especulações também dão conta que a deputada Gleide Ângelo (PSB) vai tentar ser reconduzida à presidência da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Comenta-se, ainda, que Doriel Barros (PT) teria interesse em voltar a comandar a Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural.

Em seu primeiro mandato como deputado estadual, Jarbas Filho (PSB) estaria empenhado em disputar a Comissão de Educação e Cultura. A deputada Débora Almeida, líder do PSDB na casa e também estreante na casa legislatva, tem revelado interesse, dizem, na presidência da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação.

Dani Portela partiu na frente de todos os outros prováveis candidatos e quer disputar a presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular. Joel da Harpa (PL) defende um nome da chamada bancada evangélica para a mesma comissão.

Veja também

Newsletter